Conteúdo/ODOC – O namorado da empresária Aline Barbosa não tinha noção de que a negativa de leva-la para pescar com ele se tornaria um grande negócio no futuro. Apaixonada pela pesca esportiva, Aline queria ir com o companheiro para a beira do rio, mas ele negava alegando que estaria com os amigos, ou seja, estaria cheio de homens fazendo suas resenhas enquanto pescavam. Mas quem disse que pescar é coisa de macho?
Aline então decidiu chamar três amigas que viviam a mesma situação do que ela. Essas amigas foram chamando outras mulheres e por fim, foram 16 descendo o Rio Paraguai, em Cáceres (220 km de Cuiabá), para a primeira pescaria feminina no dia 5 de março de 2022.
Ela resolveu então registrar nas redes sociais as fotos da pescaria feminina, sem ter a intenção, nasceu o negócio: o @elasnopantanalfishing com marca registrada e tudo mais.
“Quando eu criei uma página para gente divulgar as nossas fotos pescando, começou a chegar muita gente dizendo “ah que legal, uma pescaria só de mulher”. Foi aí que eu vi que não era só eu que passava pela mesma situação de não poder pescar e comecei ter outra visão. Percebi que era uma forma de turismo e deveria investir nisso. Do primeiro evento que foram 16 mulheres, o segundo foi 160 mulheres”.
A empresária passou a fazer evento na pousada do namorado e promover a pescaria feminina duas vezes por ano, uma no início da temporada de pesca e a outra no final. Em uma dessas vezes, ela faz por meio dos barcos hotéis, as famosas chalanas. Na edição agora em março, foram três chalanas lotadas de mulheres de todos os cantos do Brasil.
“As meninas vêm para pegar peixe e como forma de terapia. Você tem o contato com a natureza, você volta renovada. É muito gostoso, muito divertido e cria-se laços de amizade. Tem muitas mulheres que vieram de São Paulo participar sozinhas, sem conhecer ninguém e faz amizades, viajam para casa uma das outras, é muito bom”.
Para ela, o projeto tem dado certo porque muitas mulheres que gostam de pescar se viam deixadas de lado devido a pescaria estar muito atrelada ao universo masculino. “Era um preconceito. Antes a mulher tinha que ficar em casa, era cuidar de filho, mas hoje graças a Deus, a mulher vem tomando conta do mundo. Tem mulher que tem mais tralha do que os homens. Hoje elas marcam as pescarias e avisam aos maridos. Eu admiro isso porque antigamente não existia isso. As mulheres que gostam da pescaria encontraram seu lugar e muitas quem nunca pescaram tem buscado experimentar”.
Fonte: odocumento