Você se lembra dos “cigarrinhos de chocolate”? Esses foram os responsáveis por trazer muito sucesso a fabricante Pan, no entanto, a justiça veio a declarar a falência da fábrica.
A Pan já passava pelo processo de recuperação judicial desde 2021. Na época, com a pandemia em alta, a empresa sofreu um forte impacto e recorreu a recuperação judicial para tentar se reestruturar.
Em fevereiro, a empresa fez o pedido de autofalência, afirmando não haver como arcar com os custos e compromissos financeiros.
As dívidas da empresa, apenas sobre tributos estaduais, alcançavam o valor de R$ 182,9 milhões. Em impostos federais, o valor era de R$ 15 milhões. O IPTU e as dívidas referentes ao ISS somavam um valor de R$ 7 bilhões. E a empresa ainda contava com dívidas para com credores e funcionários no valor de R$ 12 milhões.
A dívida total da empresa é de R$ 244 milhões, da qual a maior parte, é devida ao estado de São Paulo.
O maior problema se deu pois a empresa não conseguiu parcelar as dívidas com o estado, conta o advogado representante da Pan, Alvadir Fachin.
“Sem o parcelamento, o plano de recuperação judicial, que tinha sido aprovado pelos credores em 2021, não foi homologado pela Justiça. Pedimos mais prazo e anexamos a petição de autofalência“, explica o advogado.
A decisão da justiça foi tomada pela 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e de Conflitos Relacionados à Arbitragem da 1ª Região Administrativa Judiciária (RAJ) de São Paulo pelo juiz Marcello do Amaral Perino. Na sentença, o juiz explica a motivação para a falência:
“Existência de passivo tributário insolúvel que somado à não aprovação por maioria de votos na assembleia geral de credores do plano de recuperação inicialmente apresentado é causa fundamental para permitir o acolhimento do pedido de autofalência apresentado pela devedora“.
Dessa forma, a fábrica, que se encontra em São Caetano do Sul, será lacrada e todo o maquinário vendido com a intenção de pagar os credores.
Cigarrinhos de chocolate
Esses chocolates em formato de cigarro foram muito populares e ainda existem na lembrança de diversos consumidores, mesmo que não estejam mais presentes no mercado.
Em 1996, devido a uma notificação do Procon da cidade de Vila Velha, no Espírito Santo, a empresa optou por mudar o nome do produto. Esse, se tornou então “rolinhos de chocolate ao leite”.
Quem não lembra dos cigarrinhos, com certeza, se lembra do “chocolápis”, que veio a ser o nome do produto após os “rolinhos de chocolate ao leite”.
Foram 86 anos de história, onde a empresa vendeu diversos produtos baseados em chocolate, como moedas, granulado, pipocas com cobertura de chocolate, entre outros.
Fonte: capitalist