Empresa de semicondutores dos Países Baixos questiona regras de exportação dos EUA à China


A empresa de semicondutores holandesa ASML demonstrou alguma resistência às solicitações dos EUA para seguir restringindo as exportações à China, escreveu na terça-feira (13) o jornal holandês NRC Handelsblad.
Peter Wennink, CEO da ASML, explicou que, também sob pressão norte-americana, o governo do país europeu restringe desde 2019 a exportação de suas máquinas litográficas mais avançadas para a China, e que tal medida beneficiou empresas dos EUA vendendo tecnologia alternativa.
“Talvez eles pensem que devemos fazer um esforço de negociação, mas a ASML já se sacrificou”, disse Wennink em uma entrevista ao jornal, acrescentando que 15% das vendas da empresa são para a China, e que no caso dos fornecedores de equipamento de chips dos EUA, “é 25 ou às vezes mais de 30%”.
Um porta-voz confirmou, citado na terça-feira (13) pela agência britânica Reuters, as declarações da entrevista.
Empregada fazendo chips em uma fábrica da Jiejie Semiconductor Company em Nantong, província de Jiangsu, China, 17 de março de 2021 - Sputnik Brasil, 1920, 08.12.2022

Panorama internacional

Após pressão dos EUA, Países Baixos planejariam cortar exportação de tecnologia avançada à China

O CEO da ASML demonstrou insatisfação pelo fato de os fabricantes de chips dos EUA poderem vender seus chips mais avançados a clientes da China, enquanto a ASML só pode vender seus modelos mais antigos.
Entretanto, “é de conhecimento comum que a tecnologia de chips para aplicações puramente militares tem normalmente de 10 a 15 anos de idade. [Mesmo assim] a tecnologia usada para fazer tais chips ainda pode ser vendida à China”, acrescentou ele.
Nos últimos anos, os Estados Unidos têm intensificado a imposição de regras de exportação de hardware avançado à China. Em outubro, a administração de Joe Biden aplicou às empresas norte-americanas regras de controle de exportação de chips severas, em uma tentativa de desacelerar o avanço tecnológico e militar do país asiático, e está aplicando pressão a países como os Países Baixos, Japão e Coreia do Sul para aplicar medidas semelhantes.
A China já recorreu à Organização Mundial do Comércio para contestar essas ações.

Fonte: sputniknewsbrasil

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