A decisão das autoridades alemãs minou o processo de reconciliação de décadas desde o fim da Segunda Guerra Mundial e a invasão nazista da União Soviética, acrescentou o diplomata.
“O próprio fato de fornecer ao regime ucraniano armas letais de fabricação alemã, usadas não apenas contra militares russos, mas também contra a população civil de Donbass, é uma ‘linha vermelha’ que as autoridades alemãs não deveriam ter cruzado, inclusive dada a responsabilidade moral e histórica da Alemanha com o nosso povo pelos crimes do nazismo durante a Grande Guerra Pela Pátria”, disse Nechaev durante a entrevista.
Ele também ressaltou que “bombeamento de armamento ao regime de Kiev, como é exigido da Alemanha pelos aliados anglo-saxões da OTAN, é um caminho para lugar nenhum”.
Quanto às sanções, a retórica oficial alemã continua sendo “agressivamente antirrussa” e “vozes individuais que apelam à razão” são ignoradas, frisou o diplomata.
Alemanha “continua sendo um dos iniciadores da pressão das sanções contra o nosso país”, disse.
Nechaev afirmou também que a indignação pública provocada pela inflação e o aumento drástico dos preços de recursos energéticos são resultado das sanções ocidentais, e não culpa da “mão do Kremlin”.