Embaixador russo afirma que erosão da neutralidade austríaca é evidente diante do conflito ucraniano


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“A erosão desse princípio fundamental para o Estado austríaco está se tornando cada vez mais evidente. Aliás, nem todas as forças políticas do país concordam com isso. Isso, por exemplo, foi confirmado durante a recente campanha eleitoral para a eleição do chefe de Estado. Apesar das exortações do gabinete de coalizão de Karl Nehammer sobre a inviolabilidade da neutralidade e adesão a ela, os fatos mostram o contrário. A Áustria aderiu plenamente às sanções voluntaristas inéditas contra nosso país”, disse o embaixador.
Como exemplo de adesão incompleta ao princípio da neutralidade, Lyubinsky também citou “a expulsão injustificada de quatro diplomatas russos”.
Separadamente, ele mencionou a “retórica militante” oficial de Viena, em particular, “declarações abertamente russofóbicas sobre a Rússia que nada têm a ver com as tradições de ‘bons serviços’”.
“No entanto, tal curso de Viena não pode passar sem consequências para nossas relações bilaterais. De várias maneiras, elas já estão tendendo a um ponto de congelamento, contrariando todas as boas tradições de um diálogo político construtivo russo-austríaco. E isso, acrescento, não pode deixar de afetar nossa atitude em relação ao papel de Viena como plataforma neutra de negociação. Espero que a liderança política do país aqui tenha um entendimento bastante claro sobre este assunto”, enfatizou o diplomata.
Armas em prédio capturado de nacionalistas ucranianos em Mariupol - Sputnik Brasil, 1920, 19.09.2022

A Áustria se tornou um país neutro no dia 26 de outubro de 1955, e há mais de meio século vem construindo sua política externa levando em consideração seu status internacional especial de neutralidade permanente. Hoje (26), o país comemora amplamente o 67º aniversário deste evento — é feriado nacional na Áustria.
Na esteira dos eventos na Ucrânia, segundo Lyubinsky, o território da Áustria tem sido usado secretamente para o trânsito de armas para Kiev, outro fator que motiva a erosão dos laços entre Viena e Moscou.
Com o início da operação militar especial na Ucrânia, Moscou foi “forçada a reconhecer, com pesar, a saída demonstrativa da liderança política austríaca da interpretação do status neutro que foi estabelecida na prática internacional para sua dimensão exclusivamente militar“.
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