Na segunda-feira (11), a secretária de Comércio dos EUA, Gina Raimondo, durante sua visita às Filipinas, disse que os Estados Unidos estavam constantemente considerando a necessidade de expandir os controles de exportação para impedir a China de comprar chips de computador avançados.
“A imposição de restrições pelos EUA à exportação de semicondutores para a China não viola apenas o princípio do tratamento da nação mais favorecida [MFN, na sigla em inglês] estipulado no Artigo 1 do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio [GATT, na sigla em inglês] e disposições relevantes do Acordo sobre Barreiras Técnicas ao comércio, mas também vai contra os princípios do mercado, perturba a ordem comercial normal e interrompe a produção internacional e a cadeia de abastecimento. É um caso claro de intimidação econômica”, disse a embaixada.
Os regulamentos são impostos “sob o pretexto de ‘segurança nacional'”, mas na realidade “vão muito além da sua desculpa e dificultam gravemente o comércio normal de chips comuns para uso civil”, acrescentou o porta-voz.
“Os EUA deveriam cessar imediatamente a prática errada de politizar, instrumentalizar e transformar em armas as questões econômicas, comerciais e de ciência e tecnologia, e deveriam se abster de induzir os seus aliados a se dissociarem da China. A China está pronta a tomar todas as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os seus direitos e interesses legítimos“, concluiu o responsável.
Na semana passada, a Bloomberg informou, citando fontes, que os Estados Unidos estavam pressionando os aliados, incluindo os Países Baixos, a Alemanha, a Coreia do Sul e o Japão, a aumentar a pressão sobre o acesso da China à tecnologia de semicondutores.
Em outubro de 2022, os EUA impuseram restrições à exportação de equipamentos e componentes para a produção de microchips avançados para empresas sediadas na China. As restrições foram ampliadas em outubro de 2023, quando o Departamento de Comércio dos EUA redefiniu os chips de inteligência artificial e introduziu requisitos adicionais de licenciamento para o seu fornecimento a mais de 40 países, a fim de evitar a sua revenda à China.
Fonte: sputniknewsbrasil