Em último dia no cargo, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA aparentemente ataca Trump


O chefe do Estad-maior Conjunto, Mark Milley, se aposentou nesta sexta-feira (29) após um mandato de quatro anos, dizendo em um discurso que as tropas dos Estados Unidos prestam juramento à Constituição e não a um “aspirante a ditador”, em um aparente ataque ao ex-presidente Donald Trump.

“Não prestamos juramento a um rei ou rainha, a um tirano ou a um ditador. Não prestamos juramento a um aspirante a ditador. Não prestamos juramento a um indivíduo. Prestamos juramento à Constituição”, disse Milley durante uma cerimônia na Base Conjunta Myer-Henderson Hall, perto de Washington, de acordo com a Reuters.

Milley assumiu o comando em 2019 após ser indicado por Trump, mas logo se viu tendo que equilibrar a necessidade de manter seu relacionamento com ele sem parecer político.
Em 2020, ele pediu desculpas publicamente por se juntar a Trump enquanto caminhava da Casa Branca até uma igreja próxima para tirar uma foto, depois que as autoridades abriram caminho aos manifestantes usando gás lacrimogêneo e balas de borracha.
General Mark Milley, chefe do Estado-Maior Conjunto dos EUA, participa de coletiva de imprensa após reunião do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia na Base Aérea de Ramstein, em Ramstein, Alemanha, 19 de setembro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 28.09.2023

Milley disse na quarta-feira (27) que tomaria medidas para proteger sua família depois que Trump sugeriu que ele havia conspirado com a China.
O principal general dos EUA entregou o comando ao chefe da Força Aérea, general Charles Q. Brown, em um evento nesta tarde com bandas marciais e um corpo de pífanos e tambores com casaca vermelha.
O mandato de Milley incluiu o assassinato do chefe do Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em diversos países), Abu Bakr al Baghdadi, em 2019, e a prestação de assistência militar à defesa da Ucrânia contra a operação da Rússia em fevereiro de 2022.

Fonte: sputniknewsbrasil

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