Em meio a divergências e protestos, Assembleia da França aprova projeto polêmico de lei de imigração


Diversos protestos eclodiram nas proximidades da estação de Montparnasse, no sul de Paris, onde milhares de pessoas, majoritariamente trabalhadores imigrantes, manifestaram-se contra a nova legislação.
A crítica, em geral, é a falta de reconhecimento e benefícios para os imigrantes que contribuem economicamente para o país, pagando impostos e taxas de previdência social.
A versão final do projeto ainda estava em discussão, com o Senado, de maioria conservadora, endurecendo algumas propostas. Entre os pontos mais polêmicos estavam a aceleração dos procedimentos de refúgio, a dificuldade do reagrupamento familiar e condições mais rigorosas para vistos médicos.
O chanceler alemão Olaf Scholz fala em conferência de imprensa durante sua visita de estado à África do Sul no Union Buildings em Pretória em 24 de maio de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2023

A lei propunha até mesmo a deportação de crianças menores de 13 anos ao chegarem à França, ou de pais estrangeiros cujos filhos possuíssem nacionalidade francesa.
A proposta original buscava facilitar autorizações de trabalho automáticas para setores com escassez de mão de obra, mas a versão final concedia mais poder às autoridades locais.
O debate reflete não apenas as divergências políticas entre franceses, mas também tensões em torno da imigração, que têm sido um tema central em meio à ascensão de partidos de extrema-direita na Europa. Alguns países já anunciaram medidas para que refugiados voltassem as suas casas.
O resultado das próximas eleições francesas, previstas para junho de 2024, pode ser influenciado por essa discussão, com partidos como o Reagrupamento Nacional (Rassemblement National) de Marine Le Pen buscando capitalizar o descontentamento dos nativos franceses em relação à imigração.

Fonte: sputniknewsbrasil

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