Em carta à UNESCO, Lula defende regulação das redes sociais e pacto global entre países emergentes


No texto, o presidente afirma que o ambiente digital criado por “algumas empresas” causou riscos à democracia e também à saúde pública. Segundo o mandatário, a disseminação de desinformação durante a pandemia de COVID-19 contribuiu para milhares de mortes, assim como as fake news contribuíram para as invasões do dia 8 de janeiro.

“O discurso de ódio faz vítimas todos os dias. Além disso, os mais vitimizados são os setores mais vulneráveis de nossas sociedades […] Em grande medida, esta campanha [de 8 de janeiro] foi alimentada, organizada e divulgada através de várias plataformas digitais e aplicativos de mensagens. O mesmo método foi usado para gerar atos de violência em outras partes do mundo. Isso deve parar”, disse o mandatário segundo a CNN Brasil.

Lula também reiterou que o Brasil pode contribuir de forma significativa “para a construção de um ambiente digital mais justo e equilibrado, baseado em estruturas de governança transparentes e democráticas”.
O chefe do Executivo também pediu na carta que governos trabalhem para reduzir as lacunas digitais e promover a autonomia dos países em desenvolvimento no âmbito digital, no sentido de filtrar melhor o que é divulgado nas redes, segundo a coluna de Jamil Chade no UOL.
“Os países em desenvolvimento devem ser capazes de agir de forma soberana na economia de dados, como agentes e não apenas como exportadores de dados ou consumidores passivos de conteúdo”, defendeu.
No começo deste mês, o presidente anunciou a preparação de projeto para regular redes contra fake news que está sendo feito em articulação com o Ministério da Justiça, conforme noticiado.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Inscrição para exame de proficiência em português vai até sexta-feira
Próxima EUA e Noruega fazem missões secretas desde a Guerra no Vietnã, diz autor do artigo sobre Nord Stream