Ela criou a ‘Zara do Espírito Santo’ com R$ 12 mil após ser demitida. Hoje, fatura R$ 12 milhões


Todos os dias as vendedoras da Closet Collection e de outras 100 lojas revendedoras enviam fotos dos novos modelos para as clientes. Listas de transmissão e grupos no WhatsApp com vantagens nas compras são algumas estratégias adotadas pela marca para ter conter diário com o público.

A cada duas semanas, cerca de 40 novas peças são produzida pela fast fashion apelidada de ‘Zara capixaba’ por um consultor que atendeu a empreendedora Márcia Santos. A marca que começou com R$ 12 mil faturou R$ 12 milhões no último ano. A expectativa é aumentar a rentabilidade de 13% para 20% em 2023.

“Ele estava falando da grande quantidade de peças da Closet. O que poderia ser um desfeito da marca, na verdade é uma qualidade. Não trabalhamos com coleção programada e conseguimos atender muito bem nossas clientes”.

Como a ‘Zara capixaba’ foi criada

A empreendedora Márcia Santos sempre gostou de moda, mas só decidiu criar o próprio depois de ser demitida do banco no qual trabalhava em 2012. Ela usou o dinheiro da rescisão, cerca de de R$12 mil, para abrir sua loja de roupas.

“Eu tinha acabado de ser demitida e precisava fazer algo para dar a volta por cima. Como sempre tive vontade de empreender, decidi que iria arriscar e dar o pontapé que faltava para alcançar esse sonho. Foi quando peguei toda a minha rescisão trabalhista e investi naquele projeto. Medo não faltou, mas fui assim mesmo”, diz a empreendedora.

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No início, Márcia comprava roupas em São Paulo e vendia no Espírito Santo. As redes sociais sempre fizeram parte de sua estratégia de vendas. No Instagram, a marca tem 520 mil seguidores. Depois de quatro anos, a empreendedora decidiu começar a fabricar as próprias peças.

“Eu demorei um pouco para ter um negócio saudável e rentável, é preciso ter paciência. Em diversos momentos quis abrir mão de tudo, mas a minha resiliência não deixou”.

Como o negócio funciona

As peças da Closet Collection são fabricadas em um espaço de 250 metros quadrados em Cariacica, na Região Metropolitana da Grande Vitória.

A maioria das peças são de linho e o ticket médio é de R$ 400. A empreendedora diz não se preocupar com a concorrência das gigantes asiáticas, como Shein e Shopee.

“Acredito que meu público não queira peças descartáveis, acho que é uma parcela pequena que consome esse tipo de roupa. Não tem jeito, roupas com qualidade vai ter um um preço mais alto”, diz a empreendedora.

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Há cinco anos, a marca tem um e-commerce próprio, mas a maior parte das vendas é feita nas redes sociais e nas 100 lojas multimarcas que contam com produtos da marca. A Closet Collection atende todo o Brasil, apesar de não tem loja física própria.

A grande virada do negócio aconteceu em 2021. A demanda explodiu durante a pandemia, quando o faturamento cresceu 44% e a marca passou a produzir cerca de 6 mil peças são produzidas por mês. Hoje, o foco é melhorar a gestão do negócio para impulsionar a rentabilidade.

Fonte: exame

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