Da Redação
A Bronca Popular
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) protagonizou mais um episódio vergonhoso ao colocar a soberania do Brasil em segundo plano e apelar para o governo dos Estados Unidos intervir na política nacional.
Durante uma live no último fim de semana, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ajuda ao ex-presidente Donald Trump e ao bilionário Elon Musk para pressionar autoridades brasileiras em favor de seu pai, atualmente investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A atitude revela um paradoxo inaceitável para alguém que se autointitula patriota.
Afinal, que tipo de nacionalismo é esse que recorre a um governo estrangeiro para reverter decisões da Justiça brasileira?
Eduardo Bolsonaro, que deveria defender os interesses do Brasil, demonstra total subserviência aos Estados Unidos, chegando ao ponto de acreditar que Washington tem poder para ditar os rumos do Judiciário brasileiro.
Na transmissão, Eduardo afirmou ter se reunido com a senadora Ashley Mood, sucessora de Marco Rubio, atual Secretário de Estado dos EUA. Ele sugeriu que a influência do governo americano poderia ser decisiva para pressionar o Brasil.
“Quando você leva a perspectiva de Brasil para esse tipo de pessoa, essa autoridade vai invariavelmente falar com o chanceler Marco Rubio, que é uma agenda super difícil. É o cara que está vendo Gaza, a guerra na Ucrânia, estava no Panamá para fazer aquele círculo de proteção dos Estados Unidos”, disse o deputado, em meio a um discurso confuso, mas que deixa claro seu desejo de que os EUA interfiram na política brasileira.
“A gente está pedindo para ter um olhar especial para o Brasil. Não se surpreenda se num breve futuro tiver uma delegação de parlamentares americanos para vir ao Brasil olhar essas questões de presos políticos, censura e violação de direitos humanos“, declarou o deputado.
O discurso de Eduardo Bolsonaro é, no mínimo, patético para alguém que se diz defensor da pátria. Se fosse qualquer outro político apelando para intervenção estrangeira, certamente seria taxado de traidor pelo bolsonarismo. Mas, quando se trata do próprio clã Bolsonaro, a regra parece mudar.
Ao acreditar que o Brasil não tem soberania e que os EUA podem revisar decisões da Justiça brasileira, Eduardo Bolsonaro não apenas desmoraliza a si mesmo, mas também demonstra um desprezo absoluto pelo país que diz defender. Se há algo mais distante do patriotismo, é justamente se ajoelhar em atitude de submissão a um governante estrangeiro. É isso que faz Eduardo Bolsonaro, o patriota de bordel.
Fonte: abroncapopular
