Ter uma boa noite de sono é frequentemente associado a benefícios para a saúde física e mental. Um estudo publicado na terça-feira (18/10), na revista PLoS Medicine, apresenta evidências de que pessoas com 50 anos ou mais, que dormem cinco horas ou menos, correm maior risco de desenvolverem doenças crônicas no futuro.
Os pesquisadores da University College London (UCL), no Reino Unido, e da Universidade Paris Cité, na França, analisaram dados sobre a saúde e a qualidade do sono de 7.864 funcionários públicos do Reino Unido, com idades entre 50 e 70 anos, que foram acompanhados por cerca de 25 anos.
Todos os participantes responderam à pergunta: “Quantas horas de sono você dorme em média por noite durante a semana?”. Entre 1985 e 2016, a duração do sono deles foi medida ao menos seis vezes, com dados extraídos aos 50, 60 e 70 anos.
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Quando o assunto é qualidade do sono, é necessário implementar uma rotina saudável que garanta uma boa noite de descanso. Muitas vezes, a dificuldade para dormir ou acordar cedo, por exemplo, está relacionada aos hábitos cotidianos que devem ser corrigidos Getty Images
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Uma noite de sono mal dormida interfere diretamente no humor e no desempenho das atividades do dia seguinte. Além disso, os níveis de irritabilidade, ansiedade e estresse podem aumentar significativamente Getty Images
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Estudos mostram que o tempo ideal de horas de sono varia para cada pessoa, mas a média mundial é de seis a oito horas por noite. Durante o sono profundo, ocorre a liberação de hormônios importantes para a regulação do organismoGetty Images
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Muitas pessoas têm sono ruim e nem percebem isso. Na dúvida, que tal adotar algumas técnicas conhecidas como “higiene do sono”?Getty Images
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1. Crie uma rotina: procure deitar e levantar nos mesmos horários todos os dias, mesmo nos feriados e fins de semanaGetty Images
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2. Durma um pouco mais cedo a cada dia: aproveite o período próximo ao fim das férias para dormir cerca de 30 minutos antes do horário que estava acostumado a ir para a cama a cada dia, até chegar no horário idealGetty Images
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3. Levante-se se não conseguir dormir: saia da cama se tiver dificuldade de adormecer. Faça algo relaxante como respirar fundo, ouvir música suave ou ler um livro. Recomenda-se não ligar a televisão ou mexer no celular. Só retorne para a cama quando estiver sonolentoGetty Images
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4. Cama é para dormir: nunca use a cama para estudar, ler, ver TV, ficar no computador ou no celular. O corpo precisa entender que aquele é um ambiente de relaxamentoGetty Images
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5. Mantenha o quarto escuro: ter um quarto completamente escuro, sem luminosidade externa ou luzes de aparelhos eletrônicos facilita o sonoGetty Images
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6. Evite cochilos: limite cochilos diurnos a menos de uma hora de duração e até as 15h, para não prejudicar o sono da noiteGetty Images
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7. Evite alimentos e bebidas estimulantes entre quatro e seis horas antes de deitar. Na lista entram chocolate, café, refrigerantes, chás do tipo preto, verde, mate e chimarrão Getty Images
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8. Evite fazer exercícios físicos de alta intensidade nas três horas antes do horário programado para deitar. Eles podem deixar a pessoa muito alerta e atrapalhar o sonoGetty Images
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9. Diminua o ritmo: separe de 15 a 30 minutos antes de deitar para relaxar e diminuir o ritmo. Desligar-se de estímulos externos ajuda a sinalizar o cérebro de que é hora de dormirGetty Images
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10. Evite bebidas alcoólicas e cigarro: eles também prejudicam o padrão do sonoGetty Images
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Em média, as pessoas com 50 anos que dormiam cinco horas ou menos por noite apresentaram um risco 20% maior de desenvolver uma doença crônica nos anos seguintes em comparação com os indivíduos que repousavam sete horas.
O risco era aumentado para depressão, demência, distúrbios mentais, Parkinson, diabetes, câncer, doença coronariana, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal crônica, doença hepática e artrite.
A restrição do sono aos 50 anos também foi relacionada a um risco 30% maior de desenvolvimento de duas ou mais doenças (multimorbidade) em seguida. Aos 60 anos, o risco aumenta para 32% e aos 70, para 40%.
“Encontramos uma associação robusta de duração do sono menos do que cinco horas aos 50, 60 e 70 anos, com maior risco de multimorbidade incidente”, escreveram os autores do estudo.
O estudo é observacional, baseado no cruzamento de dados. Não prova uma relação de causa e efeito, mas uma associação importante entre o hábito de dormir pouco e a ocorrência de doenças crônicas.
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