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Em um dia marcado por um respiro nos mercados globais, o dólar encerrou o pregão desta quarta-feira (23) com uma leve queda de 0,16%, cotado a R$ 5,718. Já o Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), registrou uma forte alta de 1,34%, fechando aos 132.216 pontos. O desempenho positivo dos ativos brasileiros acompanhou uma nova onda de otimismo no cenário internacional, impulsionada por desenvolvimentos econômicos e geopolíticos.
Após o fechamento do mercado de ontem, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sinalizou um recuo em suas recentes declarações e planos, afirmando que “não tem a intenção” de demitir Jerome Powell da presidência do Federal Reserve (Fed), o banco central americano. Essa declaração de apaziguamento ditou o tom dos mercados, afastando a preocupação gerada pelas críticas enfáticas de Trump contra Powell, incluindo comentários em sua rede social Truth Social nos quais defendia que a demissão do chefe do Fed “não poderia acontecer rápido o suficiente”.
Além disso, o governo Trump também deu indícios de que pode moderar as tarifas de 145% impostas à China durante a intensificação da guerra comercial entre as duas potências. A China, apesar das elevadas tarifas, demonstrou resiliência econômica e retaliou com medidas semelhantes contra produtos americanos. Diante desse cenário, Washington pareceu ceder à pressão e planeja uma proposta de escalonamento tarifário: alíquotas de 35% para produtos considerados não estratégicos e de até 100% para itens sensíveis, como semicondutores, telecomunicações e componentes eletrônicos, segundo fontes do governo americano.
A esse cenário de alívio se somou a divulgação do Livro Bege, documento do Fed que atualiza as perspectivas para a economia dos Estados Unidos. O relatório indicou que a atividade econômica “permaneceu praticamente inalterada” desde a última publicação do documento. No entanto, o tema geral abordado foi a leve desaceleração da economia americana, impulsionada por um aumento significativo da incerteza, uma clara alusão à guerra comercial promovida por Trump.
No Brasil, com uma agenda econômica doméstica esvaziada, as atenções se voltaram para o cenário internacional, especialmente para os desenvolvimentos nos Estados Unidos. No mercado local, um dos destaques foi a performance da Vale, que ajudou a impulsionar a bolsa brasileira, encerrando o pregão com uma alta de 1,19%.
Fonte: gazetabrasil