Os preços do milho fecharam a sessão desta quinta-feira em campo positivo na B3. Entre as posições mais negociadas, as altas variaram entre 0,2% e 0,5%, o que levou o setembro a R$ 60,48, o novembro a R$ 63,35 e o janeiro/25 a R$ 66,17 por saca. As altas do cereal no mercado nacional acompanharam os ganhos também do dólar, que encerrou o dia com quase 2% de alta e valendo R$ 5,59.
Os preços do cereal seguem refletindo a liquidez mais contida no mercado nacional, com os vendedores, de um lado, evitando novos negócios frente aos patamares baixos, ao passo em que os compradores também estão menos presentes no mercado agora, uma vez que acreditam que a pressão pode continuar e as oportunidades ficarem ainda mais atrativas de suas perspectivas.
Além disso, a colheita da segunda safra de milho continua e também exerce pressão sobre as cotações no cenário brasileiro neste momento.
“O mercado está lateralizado há dias”, explica o diretor da Germinar Corretora, Roberto Carlos Rafael. “Hoje, com mais de 1% de alta no dólar, o produtor volta a segurar seus negócios”.
O analista de mercado complementa dizendo que, passado a colheita e com o mercado acomodado, o produtor não aceita os atuais preços, esperam níveis melhores, em especial em um cenário como o atual de dólar em alta. “E imagino que, apesar disso, o reflexo nos portos não vai mudar, não vão sair muitos novos negócios, de fluxo de venda, porque cria-se uma expectativa de que o dólar vai subir mais”.
Fonte: noticiasagricolas