A febre de Lassa é uma doença viral hemorrágica aguda da família dos arenavírus. Os humanos costumam ser infectados pelo vírus por meio do contato com alimentos ou objetos domésticos contaminados com a urina ou as fezes de ratos Mastomys doentes.
A doença é endêmica em Benin, Gana, Guiné, Libéria, Mali, Serra Leoa, Togo e Nigéria, embora também possa existir em outras nações da África Ocidental.
O NCDC afirmou ainda que a febre de Lassa se espalhou para 28 estados, incluindo a capital, Abuja, de 1º de janeiro a 28 de abril, configurando um surto. Os estados de Ondo, Edo e Bauchi foram os mais afetados, respondendo por 63% dos casos.
De acordo com a declaração, um total de 857 casos foram registrados durante esse período. A taxa de mortalidade é de 18,2%.
O número de casos e mortes vem aumentando ao longo dos anos. No ano passado, a Nigéria também experimentou um “grande surto” de febre de Lassa, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O país documentou um total de 1.170 casos da doença, que resultaram na perda de 219 vidas.
Em 2018, o surto matou 110 pessoas. A doença surgiu pela primeira vez na Nigéria em 1969, no estado de Borno, no nordeste do país.
Apesar de a febre de Lassa ser considerada endêmica, ou seja, não ultrapassar as fronteiras da África, a OMS designou que o seu patógeno e outros vírus da referida família representam um nível alto de perigo pandêmico. Foi provado que eles se propagam entre as pessoas, enquanto sua letalidade pode atingir 50% em caso de doença grave.
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Fonte: sputniknewsbrasil