Documentário divulga história de Geoparques do Brasil


O Geoparque Chapada dos Guimarães também projeto de extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) surgiu como uma iniciativa de popularizar o conhecimento produzido por geólogos, geógrafos, turismólogos e de outros profissionais, visando sistematizar essas informações para auxiliar outros segmentos e a região.

Atualmente ele é um Geoparque Aspirante, e está prestes a passar pela análise da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no próximo mês, período em que também estreiam uma série de documentários sobre as histórias dos territórios e das vivências das pessoas que residem nas regiões dos Projeto Geoparque Corumbataí (SP) e Seridó Geoparque Mundial da UNESCO (RN).

Ao todo seis episódios serão transmitidos pela TV Cultura, no Programa Periscópio, às 19h dos dias 1°, 8, 15 e 22 do próximo mês. Como explica Caiubi Kuhn, Presidente da Federação de Brasileiro de Geólogos (Febrageo) e Coordenador Científico do Geoparque Chapada dos Guimarães, as filmagens não trazem apenas a essência dos geoparques, mas também abordam o impacto que eles causam na ciência, educação, turismo e cultura da sociedade, principalmente por fazerem parte do dia a dia das comunidades ali residentes.

 “Existe a divulgação da história geológica desses locais, mas também é importante lembrar das oportunidades que os geoparques e o próprio documentário criam para o fortalecimento do turismo e da educação nos territórios abordados, uma vez que os programas educativos são essenciais para o desenvolvimento sustentável destes territórios”, diz.

Valorização e ciência para todos

Ainda de acordo com a equipe do projeto, cada episódio apresenta momentos únicos da história geológica de um país geodiverso, como o Brasil. Oportunidade de aproximar a população de um conhecimento sobre a história geológica do planeta. Para a  coordenadora de “Qualificação e educação no território do Geoparque de Chapada dos Guimarães” do projeto, professora da UFMT Flávia Regina Pereira Santos, o processo é percebido na comunidade de Jangada do Roncador. 

“É possível observar crianças e adolescentes que são impactados. Hoje eles já observam o estudo como possibilidade de novos caminhos e oportunidades, pensamentos que não são tão comuns quando se está longe dos centros urbanos. Os documentários mostram que existe possibilidade de crescimento por meio da educação”, elucida.

Nesse universo de divulgação científica, a professora avalia que quando um geoparque recebe a chancela pela Unesco, ele passa a integrar uma rede internacional geoparques. “A visibilidade que é obtida pelo território é somente um dos benefícios, podemos citar também a vinda de investimentos para a área, desenvolvimento de projetos para a comunidade em busca de alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organizações das Nações Unidas (ONU)”, destacou.

Caiubi Kuhn, “Os geoparques valorizam a geodiversidade e a biodiversidade, mas também valorizam as pessoas que vivem no território e os diversos aspectos culturais e locais. Ao se inserir na rede de geoparque Chapada dos Guimarães ganhará mais visibilidade e terá contato com uma série de parceiros que podem auxiliar a fortalecer ainda mais diversos aspectos do seu território, relacionado à educação, turismo e gestão do patrimônio natural.”

O  pesquisador no Projeto do Geoparque Chapada dos Guimarães , e docente do Departamento de Geografia da UFMT, Cleberson Ribeiro de Jesuz, destaca que o documentário é a materialização de esforços amplos de inúmeros cientistas (professores, discentes de pós graduação e graduação) e outros tantos profissionais em prol da divulgação científica e educacional.

“Falamos de um território tão significativo para a história natural do planeta, com belezas cênicas fantásticas, populações tradicionais e uma história cultural ímpar. Assim, o que se espera com o lançamento do documentário é que tenhamos por meio da sétima arte, que é o cinema, os mais diversos momentos de conhecimento e paisagens do território de Chapada”, finaliza.

Também assinam a realização do documentário as Equipes dos Geoparques Seridó, Chapada dos Guimarães e Corumbataí. Saiba mais sobre o Geoparque Chapada dos Guimarães na página e rede social Instagram.

Fonte: ufmt

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