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A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 77,6% do Produto Interno Bruto (PIB) em julho, somando R$ 9,6 trilhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (29). O resultado representa alta de 0,9 ponto percentual em relação a junho e reflete, principalmente, o efeito de juros nominais, emissões líquidas de dívida, desvalorização cambial e variação do PIB nominal.
A evolução da DBGG no mês é detalhada pelo BC da seguinte forma: juros nominais apropriados (+0,8 p.p.), emissões líquidas de dívida (+0,4 p.p.), efeito da desvalorização cambial (+0,1 p.p.) e variação do PIB nominal (-0,4 p.p.). No acumulado do ano, a dívida subiu 1,1 ponto percentual do PIB, com impacto de juros (+5,1 p.p.), crescimento do PIB nominal (-3,6 p.p.) e valorização cambial (-0,4 p.p.).
A Dívida Líquida do Setor Público atingiu 63,7% do PIB (R$ 7,9 trilhões) em julho, alta de 0,8 ponto percentual em relação ao mês anterior.
O setor público consolidado – formado por União, estados, municípios e estatais – registrou déficit primário de R$ 66,6 bilhões no mês passado, o segundo maior da série histórica para julho, atrás apenas dos R$ 81,1 bilhões registrados em 2020. Nos anos seguintes, os déficits e superávits para julho foram: R$ 10,3 bilhões em 2021, superávit de R$ 20,4 bilhões em 2022, déficit de R$ 35,8 bilhões em 2023 e déficit de R$ 21,3 bilhões em 2024.
Segundo o BC, o aumento da dívida bruta acima da média de países emergentes indica maior dificuldade do governo para arcar com compromissos, com efeitos de encarecimento do crédito e aumento da desconfiança do mercado.
Em julho, o setor público consolidado gastou R$ 109 bilhões com juros da dívida, ante R$ 80,1 bilhões em igual período de 2024, uma diferença de R$ 28,9 bilhões atribuída ao crescimento do estoque da dívida e à alta da taxa Selic. No acumulado de 12 meses, a despesa com juros totalizou R$ 941,2 bilhões, equivalente a 7,64% do PIB, contra 7,2% no mesmo período anterior.
O resultado nominal do mês, que inclui gastos com a dívida, foi de déficit de R$ 175,6 bilhões. Nos últimos 12 meses, o saldo negativo totalizou R$ 968,5 bilhões, ou 7,86% do PIB.
Fonte: gazetabrasil