“Ditaduras irmãs”: em meio à crise, Cuba recebe doação chinesa de 20 mil toneladas de arroz


Cuba recebeu as primeiras 68 toneladas de arroz de uma doação do regime chinês que totalizará 20.408 toneladas este ano, segundo informou a Agência Cubana de Notícias (ACN), controlada pela ditadura de Miguel Díaz-Canel.

O primeiro lote da doação chegou a Havana nesta quinta-feira (4) no primeiro de seis voos programados que levarão ao país um total de 408 toneladas neste mês. O restante da carga doada – que equivale a cerca de dois quilos de arroz por cubano na ilha – deverá chegar ao país por via marítima no decorrer do ano.

“Este gesto constitui um importante apoio ao país e representa o sentimento sincero da nação irmã China com Cuba”, disse o vice-primeiro-ministro cubano, Jorge Luis Tapia, ao receber os mantimentos. Ele afirmou que as cargas “serão distribuídas imediatamente à população”.

Cuba vive uma grave escassez de produtos básicos, além de frequentes apagões e forte inflação devido à crise em que o país está mergulhado há quatro anos por conta das escolhas políticas e econômicas da ditadura comunista.

O país gasta anualmente US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões) na importação de alimentos incluídos na cesta básica (atribuição estatal de produtos subsidiados por pessoa). Nos últimos anos, a ilha recebeu múltiplas doações de outros países como Rússia, EUA, Japão, Espanha, Nicarágua, Bolívia e Vietnã, provenientes tanto de seus governos como de grupos privados.

Recentemente, Cuba solicitou formalmente pela primeira vez leite em pó ao Programa Alimentar Mundial (PAM) da ONU para continuar a subsidiar este produto para crianças menores de 7 anos.

Nas últimas semanas, as autoridades cubanas revelaram que enfrentam problemas na produção de pão subsidiado na cesta básica devido à falta de farinha importada. A escassez de alimentos foi um dos gatilhos dos protestos em massa contra o governo em 11 de julho de 2021, os maiores em décadas, e os mais recentes de 17 de março deste ano em diversas cidades do país.

No ano passado, durante uma reunião em Joanesburgo, o ditador chinês, Xi Jinping, reafirmou o compromisso de seu país em apoiar o regime de Cuba na “proteção de sua soberania nacional”. No encontro, Xi destacou sua oposição à “interferência estrangeira e ao embargo econômico dos Estados Unidos”, ao mesmo tempo em que enfatizou sua intenção de aprofundar a “cooperação estratégica” com Díaz-Canel.

Fonte: gazetadopovo

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