Discurso do chefe do Conselho Europeu criticando a Rússia é cancelado na China


25823847

As autoridades chinesas cancelaram a exibição de um discurso do chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, na cerimônia de uma exposição comercial em Xangai. No vídeo, Michel criticaria a operação especial russa na Ucrânia e o governo russo.
A mensagem de vídeo foi pré-gravada e planejada como um dos discursos de líderes mundiais e chefes de organizações internacionais na abertura da China International Import Expo (CIIE, na sigla em inglês).
© AFP 2022 / JOE KLAMARO presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, dá uma entrevista coletiva após uma cúpula informal da União Europeia (UE) em Praga, República Tcheca, 7 de outubro de 2022

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, dá uma entrevista coletiva após uma cúpula informal da União Europeia (UE) em Praga, República Tcheca, 7 de outubro de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 09.11.2022

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, dá uma entrevista coletiva após uma cúpula informal da União Europeia (UE) em Praga, República Tcheca, 7 de outubro de 2022
“A pedido das autoridades chinesas, fornecemos uma mensagem pré-gravada, que acabou não sendo mostrada”, disse Barend Leiths, porta-voz do chefe do Conselho Europeu.
O Ministério das Relações Exteriores da China e os organizadores da exposição não comentaram o episódio, escreve o The Guardian.
Michel pretendia instar Pequim a fazer mais para acabar com o conflito na Ucrânia. Ele também faria um apelo ao desejo da Europa de manter uma balança comercial que evite uma forte dependência dos combustíveis fósseis russos e chineses.
De acordo com o site do evento, os participantes da exposição ouviram o presidente da China, Xi Jinping; a diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgieva; e o chefe da Organização Mundial do Comércio, Ngozi Okonjo-Iweala.
A relação da UE com Pequim, um dos seus maiores parceiros comerciais, tornou-se cada vez mais tensa, sendo que em março de 2019, o bloco classificou a China como um “rival sistêmico”, além de “concorrente econômico”.
Bandeiras da China e da Rússia no Centro de Comércio Internacional de Ritan em Pequim, China, 22 de março de 2022 - Sputnik Brasil, 1920, 07.11.2022

Anteriores Edney Silvestre se lança no mundo dos contos com Pequenas Vinganças
Próxima MPF participa de reunião de Agência da União Europeia para Cooperação Judiciária Penal (Eurojust)