Segundo Caiado, essa ideia é, há muito, utilizada em dois cenários: tanto para usar a máquina do Estado para eleger ou reeleger o candidato único quanto para desgastar o máximo possível o oponente. O presidenciável, que aguarda oficialização de sua candidatura em julho do próximo ano, pontuou que “o sistema eleitoral brasileiro não determina que você tem apenas um candidato de oposição e um candidato de governo”.
“Não, não penso dessa forma. Eu sou candidato, sou pré-candidato a presidente da República e enxergo o sistema eleitoral brasileiro definindo esses critérios”, declarou.
Caiado defendeu que diferentes partidos apresentem nomes com “relevância” e trajetória política comprovada. Para ele, esse processo é fundamental para fortalecer o debate e dar legitimidade ao nome que avançar ao segundo turno.
“Os partidos que têm membros relevantes, capazes de debater o cenário político nacional, e que têm o que mostrar, não com teoria, mas na prática, devem se apresentar […]. […] E, depois, aquele que emergir do primeiro turno deverá ser, sem dúvida alguma, [quem] receberá o apoio, porque todo analista minimamente entendido de política sabe que a migração do eleitorado irá para aquele que atravessou o primeiro turno”, afirmou.
Ao ser questionado sobre uma possível divisão na direita, Caiado rejeitou a leitura de fragmentação e disse que o respeito à vontade popular deve prevalecer. “Você tem que, mais do que nunca, respeitar a vontade popular. […] Estimula-se um processo político, e aquele que chegar vai imediatamente ter o apoio dos demais”, cravou.
Caiado também criticou a estratégia que, segundo ele, interessa ao governo federal: a de construir um único adversário já no primeiro turno.
“O governo sempre quer construir um adversário único no primeiro turno, que é a única chance que tem de ganhar a eleição. […] Ele, com a máquina do governo na mão de forma avassaladora, […] fica um candidato só sendo martirizado, sacrificado, demonizado, destruído politicamente”, avaliou.
Fonte: sputniknewsbrasil