Diplomata russo chama de 'irresponsável' declaração de Sullivan sobre ataques à Crimeia

“A Crimeia é parte integrante da Federação da Rússia e as tentativas de apresentar um caso de uma maneira diferente, ameaçando – isso é outra confirmação do curso de escalada irresponsável de Washington“, disse Sergei Ryabkov.

Além disso, o vice-ministro comentou a possibilidade de entregas dos caças F-16 para a Ucrânia.

Apesar das ações e intenções dos Estados Unidos de aumentar o fornecimento de armas para a Ucrânia, incluindo o treinamento de pilotos para caças F-16, os alvos da Rússia na operação militar especial serão alcançados, declarou Sergei Ryabkov.

“Esse foi o caso, e algumas tentativas de apresentar a questão como uma discussão, para apresentar o caso como se ainda não estivesse predeterminado para nós, não causaram nenhuma impressão“, destacou Ryabkov, comentando as intenções dos Estados Unidos.

“Toda a gama de armamentos, equipamento militar que está em discussão, vai acabar na Ucrânia. O mesmo se aplica ao treinamento de soldados das Forças Armadas da Ucrânia. Esses esforços são completamente inúteis e não têm sentido, pois nossas capacidades são tantas que todos os alvos da operação militar especial certamente serão alcançados, e nenhuma interferência na segurança da Federação da Rússia levará aos resultados desejados para o Ocidente“, disse o vice-ministro.

No domingo (21), o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, em entrevista à CNN declarou que Washington não permite que a Ucrânia use armas ocidentais contra o território da Rússia, não entrando a Crimeia na proibição, pois, segundo o assessor americano, esse território não é russo.

“Não impusemos restrições à Ucrânia para atacar territórios dentro de suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. […] E a Crimeia, em nossa opinião, é da Ucrânia”, disse ele.

A Ucrânia ainda considera a Crimeia seu território temporariamente ocupado e muitos países ocidentais apoiam Kiev nesta questão. Por sua vez, a liderança russa declarou repetidamente que os residentes da Crimeia votaram pela reunificação com a Rússia de forma democrática, em total conformidade com o direito internacional e a Carta das Nações Unidas.