Começando como apenas mais um bloco apoiado pelos EUA da era da Guerra Fria contra a influência soviética e chinesa no Sudeste Asiático, a ASEAN iniciou uma grande transformação na década de 1990, quando a Rússia e a China iniciaram um diálogo com o grupo, enquanto o Vietnã, Laos, Mianmar e o Camboja — antigos adversários dos membros Tailândia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Brunei — aderiram à associação.
A importância da ASEAN nos assuntos regionais e mundiais decorre da sua localização estratégica no sul da Ásia, bem como da crescente influência econômica e diplomática combinada dos seus membros.
A ASEAN ostenta um produto interno bruto (PIB) baseado na paridade do poder de compra (PPC) combinado de mais de US$ 10 trilhões (cerca de R$ 31,2 trilhões). Juntos, os países-membros constituem a quinta maior economia do mundo. O bloco ocupa uma área territorial de 4,5 milhões de quilômetros quadrados (cerca de metade da área total da China ou dos EUA) e tem uma população de mais de 600 milhões de pessoas.
A ASEAN também goza de uma influência geopolítica impressionante (e crescente), como evidenciado pelas questões que serão abordadas nas reuniões de alto nível da próxima sexta-feira (26) e sábado (27), desde as tensões no mar do Sul da China até a situação de segurança em Mianmar.
O grupo também desempenhou um papel central nas negociações com a China sobre a elaboração de um código de conduta para resolver a disputa no mar do Sul da China. A massa de água movimenta trilhões de dólares em comércio global e é rica em recursos pesqueiros e energéticos inexplorados, para não mencionar o seu papel na chamada estratégia de cadeia de ilhas de Washington para conter a China.
Fonte: sputniknewsbrasil