“O banco é uma plataforma que está focada prioritariamente em economias em desenvolvimento, em economias emergentes. Por isso, ele tem alguns compromissos, de superar as lacunas entre as imensas necessidades dos países em desenvolvimento e os recursos escassos que estão disponíveis”, disse Rousseff à emissora chinesa CGTN.
“Além disso, parece haver empenho de Dilma em implementar uma ideia, na minha opinião excelente, de redirecionar um pouco o banco para financiamento na área de inovação e desenvolvimento tecnológico”, disse De Conti. “Financiar infraestrutura é parte da história, mas não é tudo. Bancos de desenvolvimento também têm que financiar inovação e tecnologia.”
“O banco acabou ganhando relevância em um ambiente geopolítico internacional cada vez mais competitivo”, disse o professor de Economia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Milton Pignatari. “Ele não só de fato se estabeleceu como uma alternativa para os países em desenvolvimento, mas também teve seu papel reconhecido pelas estruturas mais tradicionais.”
“Está cada vez mais clara a necessidade de reforma do sistema financeiro internacional, e o banco do BRICS pode ter um papel nisso”, acredita De Conti. “O banco já inova ao propor uma estrutura de governança simétrica: os cinco membros do BRICS originais têm o mesmo poder de voto, enquanto no FMI os EUA têm de longe o maior poder de voto e veto.”
Fonte: sputniknewsbrasil