Conforme publicou a agência de notícias japonesa Kyodo, Suzuki deu declarações a repórteres afirmando que o governo não pode “excluir nenhuma opção” diante de como lidar com a crise cambial. Ao ser questionado sobre se essas opções incluem intervenções do governo no mercado de câmbio, o ministro disse que não há problemas em considerar essa possibilidade.
No início do dia, o secretário-chefe de gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, também deu uma declaração em que deixa claro que o governo não descartaria uma intervenção caso a situação de forte depreciação do iene continuar.
Na manhã desta quarta-feira (14), o iene caiu para o seu nível mais baixo desde agosto de 1998, sendo negociado a 144,9 ienes por cada dólar norte-americano. Atualmente cada iene vale R$ 0,03, um dos menores valores desde o final de 2019.
© AP Photo / Eugene HoshikoO administrador da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, Michael Regan, à direita, e o ministro do Meio Ambiente do Japão, Akihiro Nishimura, à esquerda, apertam as mãos antes de sua reunião no Ministério do Meio Ambiente, 2 de setembro de 2022
O administrador da Agência de Proteção Ambiental dos EUA, Michael Regan, à direita, e o ministro do Meio Ambiente do Japão, Akihiro Nishimura, à esquerda, apertam as mãos antes de sua reunião no Ministério do Meio Ambiente, 2 de setembro de 2022
© AP Photo / Eugene Hoshiko
A queda em relação ao dólar pode ser explicada pelas diferenças nas abordagens dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão em relação à política monetária. O Federal Reserve, o banco central norte-americano, tem aumentado sua taxa de juros, enquanto o Japão, pelo contrário, mantém a taxa negativa.
Na terça-feira (13), o dólar subiu em relação às moedas mundiais, incluindo o iene, após a divulgação de dados sobre a inflação anual norte-americana, que cresceu 8,3%em agosto — acima da previsão de 8,1%. De acordo com a Kyodo, a expectativa é de que o Federal Reserve continue aumentando as taxas.