Brasil: papel significativo na comunidade internacional
“O Brasil pode ser chamado a atuar na mediação de conflitos na América do Sul e até na América Latina, mas isso não é automático. Depende da política externa e da capacidade do presidente de dialogar com diversos atores”, afirmou Alves. Ele ressaltou que a experiência da dupla Lula-Amorim, em particular, tem sido um fator positivo, pois o Brasil sempre priorizou a estabilidade política da região essencial para a integração sul-americana.
Atuação exemplar da diplomacia brasileira, nota especialista
Valdez afirmou que “a diplomacia brasileira é amplamente reconhecida por sua expertise e sofisticação”, refletindo o papel do Brasil em plataformas multilaterais e na tentativa de conquistar um assento no Conselho de Segurança da ONU com o G4, que inclui Índia, Alemanha, Japão e Brasil. Segundo ele, “a Escola Diplomática do Brasil, o Ministério das Relações Exteriores, é um centro de referência na América do Sul e na América Latina, formando diplomatas de vários países que vêm ao Brasil para se especializar”.
“O Brasil é a maior economia da América do Sul e o país com maior extensão territorial, possuindo fronteiras com quase todos os países da região. Isso naturalmente o coloca como interlocutor essencial para mediar conflitos e construir consensos”, explicou Valdez.
Brasil na Venezuela
“O importante é que a Venezuela tenha um governo estável e reconhecido, o que contribui para a estabilidade regional”, concluiu Alves.
“No caso da Venezuela, [houve uma postura] que eu acho que é muito acertada: a do Brasil manter cautela, ao mesmo tempo que pressionou o Maduro antes mesmo das eleições. Tanto que Maduro disse: ‘As eleições daqui são mais confiáveis do que as do Brasil. Melhor tomar um chá de camomila se você está preocupado.’ Quer dizer, houve ali uma desavença, mas o Brasil não comprou a briga”, observou.

Fonte: sputniknewsbrasil