Dezenas de milhares de empresas alemãs poderiam falir em meio à crise energética


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Dezenas de milhares de empresas alemãs poderão entrar em falência nos próximos meses em meio ao aumento dos preços da energia, afirmou o presidente da Câmara de Indústria e Comércio da Alemanha, citado nesta segunda-feira (10) pela agência alemã DPA.
“Se os preços da energia não caírem significativamente, as luzes se apagarão em dezenas de milhares de empresas do país em seis meses, no máximo”, disse na sexta-feira (7) Peter Adrian ao jornal Rheinische Post.
Devido ao aumento dos preços da eletricidade, várias empresas temem que a produção dentro do país possa se tornar não lucrativa, nota a DPA.
Enquanto isso, Oliver Falck, economista do Instituto de Pesquisa Econômica alemão, opinou que, embora possa parecer que os pagamentos de energia não representam uma proporção tão grande das despesas totais das empresas, um aumento acentuado dos preços pode “afetar a competitividade dos setores que estão envolvidos na feroz concorrência internacional”.
Ele acrescentou que muitas empresas já são pouco rentáveis devido à concorrência e previu que os produtores com uso intensivo de energia poderiam decidir transferir sua atividade para o exterior.
Instalações para receber e distribuir gás natural são retratadas no terreno do operador de rede de gasodutos e transporte de gás Gascade em Lubmin, no nordeste da Alemanha, perto da fronteira com a Polônia, em 30 de agosto de 2022 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil, 1920, 23.09.2022

Um porta-voz da Associação Alemã de Construção de Máquinas e Instalações (VDMA, na sigla em alemão) comentou que tal ação não acontecerá somente por causa do aumento dos preços da energia, mas seu “aumento acentuado” pode, “naturalmente, fazer pender a balança em alguns casos”.
Na terça-feira (4) o jornal Financial Times relatou, citando Hendrik Neumann, diretor técnico da operadora de eletricidade alemã Amprion, que Berlim poderia reduzir temporariamente as exportações de eletricidade para a França e outros países europeus durante o inverno europeu, no final deste ano e início do próximo.
Isso acontece em grande parte devido às sanções antirrussas impostas após o começo da operação militar especial na Ucrânia, mas também devido ao encerramento permanente de usinas nucleares na França e da interrupção das entregas de carvão causada pelo baixo nível da água nos principais rios europeus.
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