No local, que foi um espaço público para comer e que data aproximadamente de 2700 a.C., os pesquisadores descobriram bancos, uma espécie de refrigerador de argila chamado “zeer”, um forno e fragmentos de recipientes de armazenamento, muitos dos quais ainda continham alimentos, aponta um comunicado da universidade norte-americana publicado nesta semana, detalhando que as escavações foram realizadas em um antigo bairro urbano que não pertencia à elite.
© Foto / Lagash Archaeological ProjectGrande taverna de 5.000 anos descoberta por arqueólogos em Lagash, no sul do Iraque
Grande taverna de 5.000 anos descoberta por arqueólogos em Lagash, no sul do Iraque
Segundo os arqueólogos liderados por Holly Pittman, diretora do projeto Lagash, a descoberta oferece uma nova abordagem em relação à forma viver das pessoas comuns que habitavam há cerca de 5.000 anos nessa parte do mundo, um antigo assentamento da Mesopotâmia. A zona é estudada desde 1930 por especialistas da universidade estadunidense.
Durante a última missão de escavações no outono (no Hemisfério Norte) de 2022, a equipe descobriu o antigo estabelecimento de comida e bebidas. Para isso, os especialistas aplicaram um método da universidade italiana, que consiste em realizar as escavações por camadas microestratigráficas, de maneira horizontal, “como se se fizesse uma cirurgia muito cuidadosa”, explicou Pittman.
© Foto / Lagash Archaeological ProjectGrande taverna de 5.000 anos descoberta por arqueólogos em Lagash, no sul do Iraque
Grande taverna de 5.000 anos descoberta por arqueólogos em Lagash, no sul do Iraque
Os arqueólogos destacam que Lagash era um local de grande importância política, econômica e religiosa, bem como uma zona de fácil acesso a terras férteis, onde as pessoas se dedicavam à produção artesanal intensiva.
“Com mais de 450 hectares, Lagash foi um dos maiores locais no sul do Iraque durante o terceiro milênio”, disse Pittman.
Fonte: sputniknewsbrasil