“A Argentina não tem tanto um problema de desemprego, mas de precariedade: o trabalhador de uma família vulnerável que perdeu o emprego em uma fábrica provavelmente optou por sair para recolher papelão ou [virou] entregador de aplicativo, e dessa situação é muito difícil sair”, explica o pesquisador.
Segundo Donza, “a informalidade laboral persiste porque a estrutura produtiva não está desenvolvida. Desde o aprofundamento do modelo neoliberal durante a década de 1970 — mas especialmente ao longo da década de 1990 — foi desenhado um esquema que exclui muitos trabalhadores do sistema formal“.
Questionado sobre isso, Donza comentou que “é claro que pode haver informalidade laboral nos setores mais ricos da sociedade: o caso paradigmático são os jovens programadores que trabalham no exterior e são pagos em dólares ou criptomoedas. No entanto, esta é uma parcela muito pequena da população: a grande maioria dos trabalhadores não registrados vive em uma situação vulnerável”, explicou.
Fonte: sputniknewsbrasil