O crânio da nobre francesa mostrava a falta de um dente incisivo superior e o uso de um fio de ouro como ponte dentária.
O cadáver de Anne D’Alegre, condessa de Laval, foi descoberto em 1988 durante uma escavação arqueológica no Castelo de Laval.
Recentemente, os pesquisadores determinaram que a condessa tinha uma doença periodontal, segundo a Radio France.
A condessa morreu em 1619, aos 54 anos de idade, e seu esqueleto foi encontrado embalsamado em um túmulo de chumbo, que estava muito bem preservado, assim como seus dentes.
Le bridge dentaire d’une aristocrate du XVIIe siècle
Le squelette d’Anne d’Alègre comtesse de Laval, a récemment fait l’objet de nouvelles études. La dentition, révèle que l’aristocrate portait une prothèse dentaire pour cacher la perte d’une incisive. ➡️ https://t.co/AFuubcWj2l pic.twitter.com/yd4W3oXpkg
— France Inter (@franceinter) January 27, 2023
O estudo, liderado pela pesquisadora Rozenn Colleter, usou tecnologias digitais modernas de diagnóstico periodontal para analisar seus dentes.
A análise mostrou que ela havia usado um fio de ouro para manter vários de seus dentes juntos, à semelhança das modernas pontes dentárias. Além disso, havia um incisivo artificial feito de marfim de elefante.
De acordo com os especialistas, estes métodos “apenas pioraram a situação”, já que os fios precisavam ser reajustados ao longo dos anos, prejudicando ainda mais os dentes adjacentes.
O estudo também indicou que ela havia perdido outros dentes no lado esquerdo da mandíbula, incluindo um molar, além do desgaste provocado possivelmente pelo ranger dos dentes.
Para os pesquisadores, o estudo completa a história da odontologia, pois os trabalhos foram realizados um século antes da chegada dos primeiros verdadeiros dentistas.
Fonte: sputniknewsbrasil