Descoberta de 1.400 anos no deserto da Judeia lança luz sobre peregrinações cristãs


De acordo com a publicação, essa descoberta lança uma nova luz sobre a escala e o simbolismo das peregrinações cristãs no período bizantino e também aponta para uma próspera indústria local que fornecia aos viajantes lembranças religiosas da Terra Santa.
O artefato, que é um molde para fundição de pequenos vasos, conhecidos como ampolas, é composto por duas partes e decorado com uma cruz ornamentada e uma inscrição em grego, traduzida como “Bênção do Senhor dos lugares santos”.

© Foto / Institute of Archaeology of the Hebrew University of Jerusalem/Michal HaberMolde de calcário encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia

Molde de calcário encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia - Sputnik Brasil, 1920, 26.12.2025

Molde de calcário encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia

“Esses frascos provavelmente estariam cheios de óleo, água ou terra, que estavam associados a locais sagrados e que os peregrinos carregavam pelo Mediterrâneo em busca de lembretes tangíveis de sua jornada“, diz a publicação.

Segundo os arqueólogos, a forma remonta aos séculos VI a VII d.C., período em que comunidades cristãs e centros monásticos floresceram em todo o deserto da Judeia.

“Vasos semelhantes foram encontrados até mesmo no norte da Itália, indicando as extensas redes de fé, viagens e comércio que ligavam essa região ao Império Bizantino”, diz o texto.

Arqueólogos dizem que o molde recém-descoberto foi encontrado ao lado de outros artefatos significativos, incluindo moedas e um anel de ouro, fragmentos de inscrições e a tampa de um relicário de pedra.

© Foto / Institute of Archaeology of the Hebrew University of Jerusalem/Michal HaberAnel de ouro encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia

Anel de ouro encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia - Sputnik Brasil, 1920, 26.12.2025

Anel de ouro encontrado na Hircânia, no deserto da Judeia
Os escavadores principais, doutor Oren Gutfeld e Michal Haber, descrevem o molde de fabricação de jarras como evidência direta da “florescente indústria de peregrinação cristã” que existia na região durante a era bizantina.

“Ampolas não eram apenas bugigangas, mas objetos de adoração — bênçãos portáteis que os viajantes traziam consigo para suas cidades natais”, diz o artigo.

A produção desses frascos sugere que oficinas de artesanato podem ter funcionado em paralelo com as comunidades monásticas, sendo administradas por artesãos locais ou comerciantes visitantes.
Segundo a publicação, essa descoberta também ajuda a explicar por que vasos semelhantes foram descobertos na Europa e no Oriente Médio. A caminho de casa, os peregrinos distribuíam motivos artísticos, inscrições e rituais religiosos que refletem a geografia sagrada da Terra Santa, ressalta o material.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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