Defesa dos EUA diz que avançado sistema antimísseis já está em funcionamento em Israel


O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, informou nesta segunda-feira (21) que o poderoso sistema de Defesa Terminal de Área de Alta Altitude (THAAD, na sigla em inglês) já foi instalado em Israel. O sistema antimísseis é capaz de interceptar projéteis a distâncias de 150 a 200 quilômetros.

O envio do equipamento de ponta, anunciado pelo Pentágono no último dia 13, ocorre em um momento de intensa pressão no Oriente Médio, principalmente entre Tel Aviv e Teerã, países que têm trocado ameaças.

Austin comentou a instalação do THAAD nesta segunda-feira, ao chegar na Ucrânia para discutir a atual situação de guerra com a Rússia. “O sistema THAAD está em funcionamento”, disse, sem detalhar se o equipamento já estava operando em Israel. “Temos a capacidade de colocá-lo em operação muito rapidamente e estamos no ritmo das nossas expectativas”, acrescentou.

Austin disse ainda aos repórteres que “é difícil dizer exatamente como será a resposta [de Israel] para o Irã”, após o disparo de 200 mísseis balísticos contra o país no início deste mês. “No final das contas, essa é uma decisão israelense”, ressaltou.

“Faremos – continuaremos a fazer – tudo o que pudermos para diminuir as tensões e, esperançosamente, fazer com que ambas as partes comecem a reduzir a escalada. Então, veremos o que acontece”, acrescentou.

A emissora estatal de Israel Kan informou na noite deste domingo (20), após conversar com duas fontes do país, que a bateria de defesa antimísseis havia começado a operar, enquanto a emissora saudita Al Arabiya citou outras fontes dizendo que três baterias já estavam funcionando.

A expectativa é de que cerca de 100 soldados americanos sejam mobilizados para operar o sistema, considerado complementar ao sistema de defesa Patriot.

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, iniciou nesta segunda-feira mais uma viagem a Israel e a outros países do Oriente Médio em busca de um acordo entre o governo israelense e o grupo terrorista Hamas para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza.

A viagem do chefe da diplomacia americana durará até sexta-feira, mas o Departamento de Estado ainda não detalhou quais países visitará, além de Israel. Esta é a 11ª viagem de Blinken ao Oriente Médio desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro de 2023, e a primeira desde que Israel matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, em uma operação no enclave em 16 de outubro.

“O secretário Blinken discutirá a importância de acabar com a guerra em Gaza, conseguir a libertação de todos os reféns e aliviar o sofrimento do povo palestino”, explicou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em comunicado.

Fonte: gazetadopovo

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