Os advogados argumentam que Bolsonaro não deve ser encaminhado ao regime fechado em presídio, citando razões humanitárias e seu estado de saúde. Condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, o ex-presidente aguarda a análise dos embargos pela Primeira Turma do STF.
A defesa argumenta que mandar Bolsonaro para um ambiente prisional representaria “risco concreto e imediato à integridade física e à própria vida”, principalmente na Penitenciária da Papuda, que tem “situação precária”.
Após visitar Bolsonaro mais cedo, em Brasília, onde se está em prisão domiciliar, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que há “alguém” interessado em ver o ex-presidente morto. Segundo o parlamentar, a situação é “grave” e reflete o clima de tensão em torno da prisão em regime fechado iminente do ex-presidente.
Apesar de condenado, Bolsonaro ainda não começou a cumprir a pena, pois ainda é possível apresentar recursos, os embargos de declaração, até domingo (23). O primeiro desses recursos foi negado pelo STF.
Moares, entretanto, pode desconsiderar novo recurso e encerrar o julgamento para que Bolsonaro comece a cumprir pena.
Prisão decretada de Ramagem
Também nesta sexta-feira (201), Moraes ordenou a prisão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).
O parlamentar, que havia sido condenado a 16 anos de prisão por tentativa de golpe, deixou o Brasil em setembro — justamente quando a 1ª Turma do STF julgava o núcleo central da articulação golpista.
Ele teria embarcado para Boa Vista (RR) e, de lá, seguido de carro em uma rota clandestina rumo à fronteira, atravessando para outro país. Segundo apuração da TV Globo, a Polícia Federal investiga se a fuga ocorreu pela fronteira com a Venezuela ou pela Guiana, usando um veículo alugado na capital de Roraima.
Na quarta-feira (19), o PSOL acionou o STF e a Polícia Federal pedindo a prisão de Ramagem. Porém, segundo apuração da mídia, o ministro Alexandre de Moraes já havia decretado a prisão preventiva do parlamentar.
Fonte: sputniknewsbrasil
