Do Sul Global para o Sul Global. Com suas cadeias produtivas cada vez mais dinâmicas, os países da região voltam seus investimentos para dentro do próprio eixo, anunciando aportes recordes e reforçando a integração econômica.
Prova disso é a diversificação dos parceiros comerciais de países como o Brasil, em que a fatia de participação do Norte Global no comércio se vê cada vez menor, fenômeno que deve se acentuar ainda mais após os Estados Unidos iniciarem em agosto a taxação de 50% sobre a importação de produtos brasileiros.
Por outro lado, vêm exemplos como a China, que prevê investir mais de R$ 27 bilhões e gerar até 100 mil empregos no país ao longo dos próximos cinco anos, ou do México, que ultrapassou os norte-americanos e se tornou o segundo maior comprador de carne bovina no país.
Quais as empresas do Sul Global que investem no Brasil?
Veja abaixo cinco iniciativas de empresas do Sul Global para investimentos no Brasil em setores como alimentos, finanças, logística e agronegócio:
Supermercados com preços baixos de verdade
Considerada uma das maiores redes de supermercados de baixo custo do mundo, o grupo Svetofor vai iniciar as operações no Brasil com a inauguração da marca Vantajoso. Inicialmente, serão 50 lojas inauguradas ao longo dos próximos três anos no Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo.
O diferencial da rede é apostar nos preços baixos mantidos de forma constante, principalmente de produtos básicos, sem adotar a política comum no Brasil de promoções em períodos alternados. Para isso, as lojas contam com estoque e espaço reduzido, com uma média de mil metros quadrados.
Maior operadora de cartão do mundo
A empresa chinesa UnionPay vai iniciar as operações no Brasil neste ano com a promessa de competir com Visa, MasterCard e Elo. Considerada a maior companhia do mundo no setor de pagamentos, com quase 40% das transações globais, a expectativa é que a chegada da gigante chinesa estabeleça no país novos padrões de concorrência.
Entre os diferenciais, está o modelo de redistribuição de receitas, o que permite que parte das taxas cobradas nas transações sejam revertidas para causas sociais.
Delivery de refeições com uso de drone
Com a expectativa de investimento de R$ 5,6 bilhões no Brasil ao longo dos próximos cinco anos, a chinesa Meituan vai lançar no país o serviço de delivery para refeições e outros produtos Keeta, e se tornará um competidor das tradicionais iFood e Rappi.
A principal novidade para o mercado brasileiro que deve ser trazida pela empresa será o uso de drones para entregas, o que promete reduzir os custos de logística.
Primeira fábrica de nanoinsumos para o agronegócio
A cooperativa indiana IFFCO anunciou que vai implantar no Brasil a primeira fábrica de nanoinsumos para o agronegócio. O projeto vai receber mais de R$ 63 milhões e será conduzido no Paraná pela subsidiária Nanoventions Brasil.
A unidade vai produzir nanofertilizantes que garantem até 90% mais absorção do produto quanto comparados com os tradicionais, além de possibilitar a liberação controlada, reduzindo o desperdício.
Rede de sorvetes maior que o McDonalds
Outro investimento chinês, a Mixue é considerada a maior rede mundial de sorvetes e sucos e vai iniciar suas operações no Brasil. Ao todo, serão investidos R$ 3,2 bilhões com a expectativa de gerar mais de 25 mil empregos até 2030.
A empresa se popularizou no mundo por conta dos preços acessíveis de seus produtos, que custam entre US$ 0,30 (R$ 1,59) e US$ 1,20 (R$ 6,39).
Fonte: sputniknewsbrasil
