De olho no eleitorado, Biden prepara ordem executiva para restringir a chegada de imigrantes nos EUA


Segundo o New York Times, a ordem executiva, avançada pelo próprio Biden no mês passado durante uma entrevista à rede hispânica Univision, permitiria ao governo federal fechar a fronteira com o México todos os dias após um determinado número de travessias ilegais.
Esta medida, observa o veículo norte-americano, “representa a política fronteiriça mais restritiva instituída por Biden, ou por qualquer democrata na era moderna, e ecoa um esforço do ex-presidente Donald Trump para bloquear a migração que foi atacada pelos próprios democratas em 2018”.
A mudança de posição de Biden, que tinha feito campanha em 2020 criticando duramente as políticas de imigração estabelecidas pelo então presidente Trump, explica não só a mudança de opinião do eleitorado norte-americano mediante a questão, que aparece em todas as sondagens como uma das suas principais preocupações, mas sim sobre o momento alarmante que o presidente atravessa em termos de intenções de voto antes das eleições de novembro.
De acordo com todas as pesquisas, o candidato republicano, o ex-presidente Donald Trump, lidera sobre Biden em 5 dos 6 estados disputados, conhecidos como “estados indecisos”, que, na prática, definem o vencedor das eleições presidenciais, segundo o sistema do Colégio Eleitoral dos EUA.
Nos últimos meses, devido ao apoio do seu governo à operação militar de Israel em território palestino em resposta ao ataque do Hamas em 7 de outubro, o presidente dos EUA tem perdido o apoio dos jovens, progressistas e árabes americanos, grupos importantes para os candidatos democratas.
Joe Biden, presidente dos EUA, discursa durante cerimônia de formatura da turma de 2024 da Academia Militar dos EUA, no estádio Michie, em Nova York. EUA, 25 de maio de 2024 - Sputnik Brasil, 1920, 30.05.2024

Além disso, devido ao aumento dos preços e à recuperação econômica, outros grupos demográficos que historicamente se inclinaram para os democratas, como os latinos, os afro-americanos e a classe trabalhadora, começaram a apoiar a candidatura de Trump em maior número.
Em seus comícios, Trump, que prometeu que realizará uma deportação em massa de imigrantes ilegais se chegar ao poder, costuma questionar duramente a política de imigração de Biden, argumentando que abriu indiscriminadamente as fronteiras dos EUA.
Segundo o jornal, foi o líder republicano quem conseguiu convencer os senadores do seu partido a rejeitar o projeto de lei promovido pela Casa Branca no início do ano, que conseguiu apoio bipartidário entre os deputados. A proposta incluía fundos de US$ 14 bilhões (R$ 73,5 bilhões) para aumentar a segurança na fronteira com o México e acelerar os processos de asilo.
Ainda de acordo com a mídia, a ordem executiva que Biden assinará agora, sofreu resistência por um bom tempo pelos democratas sob o argumento de que a questão deveria ser resolvida através de meios legislativos, permitiria aos agentes de fronteira impedir os imigrantes de solicitarem asilo e rejeitá-los rapidamente.
“No início deste ano, responsáveis ​​da administração discutiram a possibilidade de Biden fechar a fronteira se houvesse uma média de 5 mil travessias em uma semana ou 8,5 mil em um único dia, mas os participantes das negociações alertaram que o limite não estava definido e poderia mudar”, afirma a nota.
Logo da emissora Sputnik - Sputnik Brasil
Acompanhe as notícias que a grande mídia não mostra!

Siga a Sputnik Brasil e tenha acesso a conteúdos exclusivos no nosso canal no Telegram.

Já que a Sputnik está bloqueada em alguns países, por aqui você consegue baixar o nosso aplicativo para celular (somente para Android).

Também estamos nas redes sociais X (Twitter) e TikTok.

Fonte: sputniknewsbrasil

Anteriores Missão da NASA identifica erupções vulcânicas em Vênus
Próxima Ucranianos podem enfrentar cortes de energia de até 10 horas no inverno, alerta deputado