“A inteligência artificial nada mais é do que a esperteza de algumas empresas que acumulam conhecimento de todos os seres humanos. E com a acumulação desses dados, sem pagar um único centavo de dólar ao povo, eles conseguem fazer o que estão fazendo no mundo”, chegou a denunciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante evento da Organização Internacional do Trabalho (OIT) em junho.
“Um ponto fundamental a ser pensado é que os países não devem servir apenas como um laboratório [de testes da tecnologia e captação de dados], mas sim como produtores. E esse é um momento-chave para que o Brasil, por exemplo, possa se tornar menos dependente das chamadas nações centrais”, resume.
Como está a inteligência artificial no Brasil?
“Sem isso [aumento do investimento], a defesa do desenvolvimento de uma IA regional vira meramente uma retórica […]. Tivemos um incremento do gasto em ciência e tecnologia na comparação com o governo anterior, mas é importante dizer que as coisas não estão maravilhosas. O Brasil ainda está muito atrás […], e grande parte desse processo é feito majoritariamente nas universidades — as empresas ainda têm pouca participação, se for comparar com outros países do mundo. Por isso, é preciso combinar a retórica com a prática, e isso vai acontecer se houver financiamento público para projetos relacionados à IA”, diz.
Quais são os impactos negativos da inteligência artificial?
Quais são os principais problemas da tecnologia?
Qual é o objetivo do BRICS?
“O país poderia ser, de fato, uma liderança no ponto de vista da inovação tecnológica dentro do grupo, não para ajudar a trazer ferramentas para combater a dominação ocidental, mas para diminuir a desigualdade através do compartilhamento de conhecimento e apoio. Temos também a Índia, com muita pesquisa, a Rússia e o Brasil, que tem grande potencial, mas o grande problema é, infelizmente, a falta de recursos”, pontua.
Fonte: sputniknewsbrasil