Onde ocorreu o rompimento da barragem de Brumadinho?
“Muitas casas ficaram abaladas e trincadas, isso também levou alguns moradores a venderem seus imóveis para a Vale. E até hoje atrapalha, é muito barulho. As obras que foi entregando, [a companhia] deixou de se responsabilizar pelas estruturas, a exemplo do memorial, que está parado. A mesma coisa é o centro cultural, que querem que a comunidade se responsabilize, mas não temos condições de manter sozinhos esses espaços”, justifica.
Promessa de ‘ressignificação’ em Córrego do Feijão
“Por trás dos equipamentos finalizados, há um trabalho que busca fomentar a economia e o turismo local, além de apoiar a comunidade na administração desses espaços de forma participativa. Para isso, a Vale oferece assessoria para a gestão e ocupação desses locais, com capacitações e suporte técnico aos empreendedores. São realizados encontros periódicos com o grupo gestor e todas as construções e ações são definidas em conjunto”, defende a mineradora.
Vale leva conflito e divisões para aldeia às margens do Paraopeba
“Antes do crime da Vale, em 2019, a gente estava a caminho de terminar nossas casas, dentro das nossas tradições, além de fazer o plantio das roças, trazer o ecoturismo para a aldeia. E esse sonho foi paralisado. Tínhamos também a pesca, a caça e nossas celebrações religiosas, e tudo isso foi tirado de nós. É o rio que faz o Pataxó viver, porque nós temos um deus que se chama Tiô Pai, deus da água”, relembrou.
“As crianças possuem contato com o solo, têm caroços e feridas pelo corpo e até desenvolveram diabetes, talvez por conta da contaminação. As pernas dos adultos também ficaram feridas, as galinhas nascem com muitos tumores e não podemos consumir nenhum alimento que vem daqui”, relatou.
Novos atingidos: lama voltou a tomar casas anos após o rompimento
Rio pavimentado por milhões de metros cúbicos de rejeito
Nota completa da Vale:
Fonte: sputniknewsbrasil