
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) poderá ter um aumento de seis deputados estaduais nos próximos anos, passando dos atuais 24 para 30 parlamentares. A mudança, que ainda depende de aprovação final na Câmara dos Deputados e da sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), poderá gerar um custo adicional de R$ 22 milhões por ano aos cofres públicos estaduais.
Esse acréscimo de cadeiras na ALMT está diretamente ligado ao possível aumento no número de deputados federais do estado. A proposta em tramitação no Congresso Nacional prevê que Mato Grosso passe de 8 para 10 deputados federais. E, conforme a regra vigente, a cada deputado federal corresponde três estaduais. Ou seja, com mais dois federais, o estado ganha automaticamente mais seis estaduais.
A alteração já foi aprovada pelo Senado e agora volta à Câmara para nova análise. Para ter validade nas eleições de 2026, o projeto precisa ser sancionado pelo presidente da República até o dia 30 de junho, próxima segunda-feira. Caso isso não ocorra dentro do prazo, a redistribuição de cadeiras será feita diretamente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o que poderá provocar a redução do número de deputados federais em alguns estados.
A proposta atual, no entanto, não retira cadeiras de nenhuma unidade federativa, apenas amplia a representação de estados como Mato Grosso, Amazonas e Rio Grande do Norte.
Entre os estados que podem ser beneficiados com o aumento de cadeiras, Mato Grosso terá o maior impacto financeiro. Os R$ 22 milhões anuais previstos para a manutenção dos novos parlamentares refletem os altos salários, auxílios e benefícios pagos atualmente pela Assembleia Legislativa. Em comparação, o custo estimado para as duas novas cadeiras no Amazonas é de R$ 17 milhões ao ano, e no Rio Grande do Norte, R$ 15 milhões.
Nortão MT
Fonte: nortaomt