Dados da NASA revelam que Ceres pode ter abrigado vida no passado (IMAGENS)


A missão Dawn da NASA chegou a Ceres em 2015, proporcionando a primeira visão detalhada desse intrigante planetoide. Como o maior corpo do Cinturão Principal de Asteroides, Ceres representa mais de 39% da massa total do cinturão e é o único objeto da região que atingiu equilíbrio hidrostático, tornando-se esférico sob sua própria gravidade.
Durante sua operação entre 2015 e 2018, a missão Dawn coletou dados valiosos que revelaram características surpreendentes de Ceres. Entre elas, a possibilidade de que o planetoide fosse um “mundo oceânico”, semelhante a luas como Europa, Titã e Encélado, com potencial para abrigar água líquida em seu interior e, consequentemente, vida.

© Foto / CC BY-NC 2.0 / NASA / JPL-Caltech / UCLA / MPS / DLR / IDA / Justin Cowart / Ceres – RC3 – Haulani CraterImagem aproximada em cores reais do hemisfério norte de Ceres adquiridas pela sonda Dawn, a uma distância de 13.641 km às 04h13 UT (01h13, horário de Brasília) de 4 de maio de 2015. A cratera proeminente e brilhante à direita é Haulani. O ponto brilhante menor à sua esquerda está exposto no fundo de Oxo. Os ejetos desses impactos parecem ter exposto material de alto albedo semelhante aos depósitos encontrados no fundo da Cratera Occator.

Imagem aproximada em cores reais do hemisfério norte de Ceres adquiridas pela sonda Dawn, a uma distância de 13.641 km às 04h13 UT (01h13, horário de Brasília) de 4 de maio de 2015. A cratera proeminente e brilhante à direita é Haulani. O ponto brilhante menor à sua esquerda está exposto no fundo de Oxo. Os ejetos desses impactos parecem ter exposto material de alto albedo semelhante aos depósitos encontrados no fundo da Cratera Occator - Sputnik Brasil

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Imagem aproximada em cores reais do hemisfério norte de Ceres adquiridas pela sonda Dawn, a uma distância de 13.641 km às 04h13 UT (01h13, horário de Brasília) de 4 de maio de 2015. A cratera proeminente e brilhante à direita é Haulani. O ponto brilhante menor à sua esquerda está exposto no fundo de Oxo. Os ejetos desses impactos parecem ter exposto material de alto albedo semelhante aos depósitos encontrados no fundo da Cratera Occator.

© Foto / NASA/JPL-CaltechEsta ilustração mostra o interior do planeta anão Ceres em três camadas (o núcleo rochoso, um reservatório de água salgada e sua crosta rica em gelo), incluindo a transferência de água e gases do núcleo rochoso para um reservatório de água salgada (indicado pelas setas ascendentes). Dióxido de carbono e metano estão entre as moléculas, representadas na imagem, que transportam energia química abaixo da superfície de Ceres.

Esta ilustração mostra o interior do planeta anão Ceres em três camadas (o núcleo rochoso, um reservatório de água salgada e sua crosta rica em gelo), incluindo a transferência de água e gases do núcleo rochoso para um reservatório de água salgada (indicado pelas setas ascendentes). Dióxido de carbono e metano estão entre as moléculas, representadas na imagem, que transportam energia química abaixo da superfície de Ceres - Sputnik Brasil

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Esta ilustração mostra o interior do planeta anão Ceres em três camadas (o núcleo rochoso, um reservatório de água salgada e sua crosta rica em gelo), incluindo a transferência de água e gases do núcleo rochoso para um reservatório de água salgada (indicado pelas setas ascendentes). Dióxido de carbono e metano estão entre as moléculas, representadas na imagem, que transportam energia química abaixo da superfície de Ceres.
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Imagem aproximada em cores reais do hemisfério norte de Ceres adquiridas pela sonda Dawn, a uma distância de 13.641 km às 04h13 UT (01h13, horário de Brasília) de 4 de maio de 2015. A cratera proeminente e brilhante à direita é Haulani. O ponto brilhante menor à sua esquerda está exposto no fundo de Oxo. Os ejetos desses impactos parecem ter exposto material de alto albedo semelhante aos depósitos encontrados no fundo da Cratera Occator.
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Esta ilustração mostra o interior do planeta anão Ceres em três camadas (o núcleo rochoso, um reservatório de água salgada e sua crosta rica em gelo), incluindo a transferência de água e gases do núcleo rochoso para um reservatório de água salgada (indicado pelas setas ascendentes). Dióxido de carbono e metano estão entre as moléculas, representadas na imagem, que transportam energia química abaixo da superfície de Ceres.
Contudo, os dados indicaram que o interior de Ceres é frio demais para manter água líquida, e qualquer fluido presente seria composto por salmouras concentradas. Ainda assim, novas pesquisas sugerem que, entre 2,5 bilhões e 4 bilhões de anos atrás, Ceres pode ter oferecido condições ideais para formas de vida unicelulares, graças à presença de água aquecida por processos internos.
O estudo foi liderado por Samuel W. Courville, da Universidade Estadual do Arizona, durante seu estágio no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. Ele contou com a colaboração de cientistas de várias instituições, e os resultados foram publicados na revista Science Advances em agosto.
Parte de uma imagem da Via Láctea e das muitas galáxias fora dela. - Sputnik Brasil, 1920, 24.08.2025

Os pesquisadores concluíram que Ceres não possui calor interno suficiente, proveniente do decaimento de elementos radioativos, para sustentar um oceano subterrâneo atualmente. Diferentemente de outros mundos oceânicos, Ceres não recebe aquecimento de maré por influência gravitacional de planetas gigantes, o que limita sua capacidade de manter água líquida.
Apesar disso, as manchas brilhantes observadas na superfície de Ceres indicam a presença de sais originados de água líquida que emergiu de reservatórios subterrâneos. Também foram encontradas moléculas orgânicas contendo carbono, reforçando a hipótese de que Ceres teve um ambiente potencialmente habitável no passado.
Modelos térmicos e químicos desenvolvidos pelos cientistas mostraram que, em sua juventude, Ceres teve água quente enriquecida com gases dissolvidos provenientes de rochas metamorfoseadas, elementos essenciais para a vida, e sugerem que outros corpos semelhantes no Sistema Solar, embora inabitáveis hoje, podem ter sido férteis para formas de vida primitivas em épocas remotas.
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Fonte: sputniknewsbrasil

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