Autoesporte foi uma das primeiras mídias no Brasil a descobrir que o nome Volkswagen Udara vem sendo usado para apelidar a futura picape intermediária da marca. O modelo chegará em 2026 para substituir a Saveiro, com versões de trabalho para encarar a Fiat Strada e outras de passeio para conquistar clientes de Chevrolet Montana e Fiat Toro básica.
Tal qual aconteceu com o projeto Tarek, que posteriormente foi lançado como Volkswagen Taos, o nome Udara pode ser meramente provisório, designando apenas o projeto e não o produto final. Entretanto, um recente registro da empresa no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) indica que, sim, a opção é levada em consideração pela marca para designar a versão de produção do modelo, também conhecido como projeto VW247.
No Inpi brasileiro, Udara foi patenteado no Brasil junto de outras cinco opções: Acron, Airon, Arena, Tagro e Tukan. Nossa reportagem entende que todas estão em estudo para nomear a futura caminhonete compacta-média da Volkswagen. E todas foram registradas ao mesmo tempo, em uma estratégia similar à usada com o Tera.
Na ocasião, a Volkswagen fez clínicas com potenciais clientes de seu mais novo SUV de entrada testando as opções Tera, Teon, Taira, Copan, Copa, Therion e Hera. No fim, o nome Tera acabou escolhido. Contudo, nos dois casos o registro simultâneo tem outro propósito oculto: o despiste. Afinal, diante de tantas opções, fica menos óbvio descobrir qual será a escolha.
No caso da picape VW247, nossa reportagem já havia reportado que o nome Udara é um dos favoritos para batizar sua versão de série, com um detalhe extra: tal opção também está registrada em outros países, como a Alemanha. Entretanto, assim como ocorreu com o Tera, a companhia fará clínicas para que possíveis clientes da picape ajudem a definir qual nome será mais bem aceito pelo mercado.
De acordo com o site Autos Segredos, Therion é mais uma opção cogitada para denominar a inédita caminhonete intermediária da Volkswagen. Uma coisa parece certa: o nome Tarok, usado para designar o conceito de uma picape com porte de Fiat Toro, em 2018, parece definitivamente descartado da jogada, assim como Saveiro.
Construída sobre a plataforma MQB A0, a mesma de Polo, Virtus, Nivus, T-Cross e do futuro Tera, a Volkswagen Udara ou VW247 terá um porte similar ao da Chevrolet Montana. Por isso, os primeiros protótipos do produto usam a carroceria de um Tiguan como mula.
O SUV médio de sete lugares tem 4,70 metros de comprimento e 2,79 m de entre-eixos, enquanto a picape intermediária terá cerca de 4,75 m de comprimento e 2,80 m de entre-eixos. Entretanto, as bitolas mais estreitas deixem claro de que a Udara terá largura menor (cerca de 1,76 m), por usar a suspensão dianteira do T-Cross.
Falando em T-Cross, o SUV compacto cederá à picape toda a estrutura dianteira do monobloco, muito embora todas as peças de estampagem, como capô, para-lamas e portas dianteiras, tenham desenhos inéditos. Já a porção traseira da carroceria será inteiramente nova, incluindo uma suspensão traseira por eixo rígido com molas semielípticas, mesma arquitetura da Strada. Será uma forma de conferir robustez às versões de trabalho.
O projeto Volkswagen Udara deve estrear no Brasil o motor 1.5 TSI Evo2 flex aliado ao câmbio automático de oito marchas. Também de acordo com o Autos Segredos, a caminhonete terá sistema híbrido leve de 48 Volts, sendo na prática o primeiro veículo eletrificado produzido pela marca no Brasil — embora a segunda geração do T-Cross seja o primeiro híbrido pleno.
Apesar do auxílio elétrico de baixa tensão, o motor 1.5 TSI Evo2 rende os mesmos 150 cv de potência e 25,5 kgfm de torque do atual motor 250 TSI. A produção será em São José dos Pinhais (PR), junto de T-Cross e do Virtus, dentro de um pacote de investimentos de R$ 3 bilhões só para o complexo paranaense.
O lançamento da nova picape intermediária da Volkswagen está previsto para o primeiro semestre de 2026. Os preços devem ficar entre R$ 120 mil e R$ 180 mil. Com sua chegada, a Volkswagen Saveiro deve sair de linha após quase 45 anos ininterruptos de mercado.
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Fonte: direitonews