CST da sustentabilidade agrícola debate biorreguladores e bioestimulantes no setor


A Câmara Setorial Temática (CST) para promover levantamentos técnicos, estudos, pesquisas e análises sobre a ciência, inovação, tecnologia e sustentabilidade na agricultura (CTIS – Agro) se reuniu hoje (29) para receber três palestrantes, na Assembleia Legislativa.

O primeiro assunto debatido foi conduzido pelo professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ-USP) de Piracicaba, Paulo Roberto de Campos e Castro, que fez a palestra de abertura e falou sobre os biorreguladores e bioestimulantes na agricultura.
Na sequência, foram debatidos dois temas: semioquímicos aplicados à agricultura e o potencial para monitoramento e controle de pragas, com a técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) de Brasília, Maria Caroline Blassiole Moraes.

Para a terceira palestra, a pauta tratou da proteção sustentável de cultivos agrícolas empregando o silenciamento de genes por RNAI (mecanismo que ocorre naturalmente em plantas, animais e fungos), com o professor do Centro de Energia Nuclear da Agricultura (CENA-ESALQ), Antonio Vargas de Oliveira Figueira.

Conforme o professor Paulo Castro, o uso de bioestimulantes e biorreguladores na agricultura é eficiente e benéfico na maioria das culturas estudadas. Para ele, a situação regulatória dos bioestimulantes é complexa devido a ausência de qualquer estrutura específica que enquadre estes produtos em uma categoria definida.

“Biorreguladores e bioestimulantes expressam melhor seus efeitos em situações em que a planta encontra-se sob estresse. Um mesmo hormônio pode trazer diferentes resultados na planta. Produtos contendo giberelina são eficazes no aumento da germinação, vigor da planta, emergência de plântulas, tamanho do fruto e retardação da maturação e na regulação da floração”, apontou ele.

Já Maria Carolina Moraes afirmou que a agricultura é uma prática que demanda a busca por ferramentas alternativas que incrementem a produtividade das culturas. Ela explicou que o semioquímico é aplicado na agricultura para o potencial monitoramento e controle de pragas.

“Semioquímicos são substâncias químicas produzidas por organismos que modificam o comportamento de outros seres vivos. A Embrapa Recursos Genéticos Biotecnologia está desenvolvendo pesquisas com semioquímicos para controle de pragas e manejo de comportamento de insetos benéficos”, comentou ela.

Segundo Maria Carolina, existem dois grandes grupos de semioquímicos: os feromônios, utilizados para comunicação entre insetos da mesma espécie e os aleloquímicos, utilizados na comunicação entre insetos de espécie diferente.

“O estudo destas substâncias, especialmente feromônios sexuais, tem aberto novas possibilidades para o manejo e controle de pragas. Atualmente, os feromônios constituem uma ferramenta importante no manejo de pragas. A sua utilização tem diminuído ou mesmo eliminado as aplicações de inseticidas”, disse a pesquisadora.

O relator da CST e professor da Universidade Federal de Mato Grosso, Ailton José Terezo, destacou os temas de hoje, explicando que se tratam de assuntos de extrema importância para o relatório final da CST.

“Acredito que essas três palestras serviram para prestar um serviço para a sociedade mato-grossense, por meio desses assuntos fundamentais para a agricultura no estado. São oportunidades para nós avançarmos nossos conhecimentos em prol do agronegócio”, ressaltou ele.

Fonte: al.mt.gov

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