Cruz Vermelha: reservas humanitárias na Faixa de Gaza estão quase no fim


O porta-voz da entidade, Tommaso Della Longa, afirmou à Sputnik que a situação é preocupante.
“Ainda temos algumas reservas […] O problema é que quanto mais durar esta violência armada, mais as necessidades crescerão e mais rapidamente ficaremos sem reservas”, informou.
Para além da instalação de um corredor humanitário, o porta-voz defende também “uma trégua de algumas horas”, o que permitiria entrar no território com ajuda. Os bloqueios a itens básicos de sobrevivência já foram condenados pela ONU. O número de mortos em Israel e na Faixa de Gaza já passa de 2,3 mil.
Pelo menos 100 pessoas, entre civis e militares, também foram feitas de reféns e são mantidas em cativeiro na região. A guerra foi iniciada no último sábado (7), quando milhares de mísseis do Hamas conseguiram driblar o sistema de defesa israelense e atingiram diversas cidades na fronteira Sul de Israel. Em resposta, o país lançou a operação Espadas de Ferro, para a qual já foram convocados mais de 380 mil reservistas.
Militantes palestinos do movimento Jihad Islâmica participam de um desfile militar anti-Israel que marca o 36º aniversário da fundação do movimento. Cidade de Gaza, 4 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023

Catástrofe humanitária

Na terça (10), o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que a Faixa de Gaza vive uma catástrofe humanitária diante dos ataques que não param. Segundo ele, mais de 180 mil pessoas já foram obrigadas a deixar suas casas. A população vive em um território com alta densidade demográfica e muitos em situação de pobreza por conta do bloqueio israelense em vigor desde 2007 — o país controla as fronteiras por mar, terra e ar.
O conflito entre palestinos e israelenses no Oriente Médio se estende há décadas. Em 29 de novembro de 1947, a Assembleia Geral das Nações Unidas votou pela criação de dois Estados – judeu e árabe. Porém, só Israel foi oficializado em 14 de maio de 1948, quando Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque começaram uma guerra contra o Estado recém-formado.
Uma das causas do atual conflito, que é o aumento das colônias israelenses no território da Cisjordânia, de maioria palestina, essas ocupações foram criadas depois da Guerra dos Seis Dias de 1967.
Em 29 de novembro de 2012, a Palestina recebeu o status de Estado observador nas Nações Unidas, que é amplamente considerado o reconhecimento de fato do Estado palestino pela comunidade internacional.
Palestinos resgatam uma menina dos escombros de um prédio residencial destruído após um ataque aéreo israelense. Gaza, 10 de outubro de 2023 - Sputnik Brasil, 1920, 10.10.2023

Fonte: sputniknewsbrasil

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