Crutchlow acredita que sprints trarão mais pressão e vê 2023 difícil para MotoGP


Com 21 etapas para o ano que vem, a temporada 2023 da MotoGP promete ser desgastante para os pilotos mas também para todos os profissionais que trabalham no paddock. Além do grande número de eventos, a categoria também terá as corridas sprints ao sábado, fazendo com que 42 provas sejam realizadas.

O britânico Cal Crutchlow, piloto de testes da Yamaha, vê com preocupação o panorama.

“Não consigo imaginar as 21 etapas que eles farão no próximo ano, é difícil”, disse Crutchlow.

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“Eu sempre acho que os pilotos são tratados da melhor forma, honestamente falando. Então, para todos os outros, vai ser um longo ano, digamos – especialmente com as corridas Sprint também.”

“Mas os pilotos não são muito espertos, não é? Eles assinam por temporada, mas agora têm o dobro do número de corridas, além de mais algumas etapas. Sempre assinei por corrida porque nunca se sabe o que vai acontecer. Mas também funciona ao contrário, se eles cancelarem uma corrida, não ganho dinheiro”, disse brincando.

“Mas, falando sério, vai ser difícil no próximo ano, como eu disse, e não apenas para os pilotos.”

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Crutchlow acredita que a pressão sobre os membros do paddock é “considerável” com o novo calendário. “Se alguém não estiver feliz com isso, sempre haverá alguém que aceitará seu trabalho”.

“Eles não estão com dificuldade para encontrar pessoas que queiram ser mecânicos, engenheiros ou pessoal de hospitalities. Eles sempre sabem que podem contratar outra pessoa se alguém não quiser fazer o trabalho.”

“Até os pilotos, se não quiserem fazer o serviço, arranjam outro. Acho que 21 etapas é muito e, se você falar com os pilotos, diria que os que têm família também acham difícil. Mas para os mais jovens, sem namorada, a situação é outra. Pessoalmente, acho que 18 GPs são suficientes. Mas não sou o cara que escreve as regras e diz onde elas vão ou não.”

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“Como eu disse, sempre haverá alguém para substituir a outra pessoa. Se eles dissessem que seriam 30 GPs no ano que vem, haveria gente vindo para fazer 30 GPs.”

“Por outro lado, todo mundo diz: ‘a Fórmula 1 tem mais corridas’. Mas eles têm duas equipes de funcionários. Tem uma em uma corrida e para a próxima tem outro grupo já montando a garagem.”

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