“As implicações serão muito ruins para a energia, muito ruins para a economia, mas extremamente ruins politicamente”, disse Birol, conforme publicado pelo jornal Financial Times, nesta sexta-feira (23).
Segundo o jornal, a crescente crise energética na Europa levanta preocupações de que alguns países firmem acordos com terceiros para importar combustíveis russos ou restrinjam a exportação de eletricidade a seus vizinhos. Nesse caso, alerta o chefe da AIE, os europeus deixarão de cooperar entre si e atuarão por conta própria.
“Se a Europa falhar neste teste, pode ir além das implicações energéticas”, acrescentou Birol.
© Sputnik / Konstantin MikhalchevskyRafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, na Ucrânia, em 1º de setembro de 2022
Rafael Grossi, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), durante visita à usina nuclear de Zaporozhie, perto de Energodar, na Ucrânia, em 1º de setembro de 2022. Foto de arquivo
© Sputnik / Konstantin Mikhalchevsky
Para ele, mesmo se o inverno se apresentar menos frio do que o esperado, a Europa terá que enfrentar outras consequências nos próximos meses, incluindo a desaceleração econômica e danos significativos nos orçamentos das famílias.
O início do conflito na Ucrânia, em fevereiro, exacerbou a crise energética que se desenhava na Europa no ano passado. Interrupções nas operações logísticas e financeiras devido às sanções ocidentais contra a Rússia minaram as cadeias de suprimentos e provocaram aumento nos preços da energia em todo o mundo.