“Isso é guerra colonial, como no Vietnã“, afirma a ex-tenente-coronel da Força Aérea dos EUA Karen Kwiatkowski à Sputnik. A ex-analista do Pentágono criticou relatos de que tropas britânicas agiram por conta própria no Afeganistão e no Iraque.
“Discordo da ideia de que talvez não houvesse oficiais por perto ou de que as unidades sejam apenas algumas maçãs podres. É assim que se parece uma guerra expedicionária, uma guerra de estilo colonial.”
Segundo ela, essa narrativa serve como escudo preventivo para crimes ainda mais graves que devem emergir sobre as ações de Israel em Gaza, com o apoio direto dos EUA e do Reino Unido. A tática seria preparar a opinião pública para horrores que serão revelados em breve, enquanto se tenta isentar generais e políticos da responsabilidade.
Kwiatkowski defende punições exemplares: afastamento imediato sem pagamento e julgamento em tribunais civis ou militares. Para ela, exércitos que não enfrentam esses crimes já estão moralmente destruídos.
Já o analista político Ajmad Saidi afirmou, em entrevista à Sputnik, que a impunidade dos militares britânicos diante desses vazamentos demonstra que “o Reino Unido, que se autodenomina o bastião da democracia e da justiça é, na verdade, mais cruel e injusto do que outros países“.
“São crimes terríveis, violações graves dos direitos humanos. O TPI [Tribunal Penal Internacional] deveria intervir, mas, infelizmente, acho que isso ficará apenas na mídia e não terá consequências.”
Fonte: sputniknewsbrasil