Creme modelador é apreendido em lojas de Cuiabá e VG após reação alérgica


Amostras de creme modelador de cabelo da marca Yelsew foram recolhidas em 9 unidades de rede de lojas de cosméticos por suspeita de reação alérgica ao consumidor. A ação foi realizada nesta quarta-feira (10) pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, Vigilância Sanitária de Cuiabá e Procons da capital e de Várzea Grande 

 

O consumidor relatou que, após usar o creme durante as festas de fim de ano, sentiu uma forte reação alérgica no couro cabeludo. Ele contou ainda que não conseguia sequer pentear os cabelos e teve dores de cabeça. A visão do olho direito ficou embaçada, além de ter notado o surgimento de nódulos na pálpebra e na lateral do olho direito.

 

O produto utilizado pelo consumidor em Cuiabá é da marca Yelsew, a mesma que, no ano passado, causou reação alérgica e lesões nos olhos de uma adolescente de 17 anos em Santa Rosa de Viterbo (SP). A menor precisou de atendimento médico e teve que raspar o cabelo.

 

Suspensão cautelar

Na época da ocorrência em São Paulo, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão cautelar do creme modelador com a proibição da fabricação, venda e uso, além do recolhimento do produto do mercado. Na internet há diversas matérias noticiando sintomas como cegueira temporária e outros causados por produtos para fixar e modelar cabelo.

 

A Polícia Civil tomou conhecimento dos fatos por meio do Procon de Cuiabá, que prestou o primeiro atendimento e encaminhou o consumidor à delegacia especializada. O produto utilizado por ele foi apreendido e encaminhado à perícia e requisitado exame de lesão corporal na suposta vítima.

 

Na ação conjunta desta quarta-feira, a Polícia Civil recolheu amostras de produtos do fabricante da marca de creme modelador para a perícia. A Decon também encaminhou ofício informando os fatos à Anvisa, para a adoção das providências cabíveis.

 

Segundo o advogado Luiz Fernando Barbosa, coordenador jurídico do Procon de Cuiabá, “a ação conjunta não foi apenas uma fiscalização, mas um esforço coordenado de todos os órgãos envolvidos para proteger a saúde e os direitos dos consumidores.”

A Decon instaurou procedimento policial para apurar eventual crime contra a saúde pública, com pena que pode ir de 10 a 15 anos de prisão, se for verificada a eventual falta de registro no órgão de vigilância sanitária, ou de 5 anos de prisão e multa, se a perícia constatar que o produto for impróprio para o consumo.

 

Consumidores que apresentarem reação alérgica a algum produto fixador ou modelador de cabelo podem procurar a Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor, de segunda a sexta-feira, durante o horário comercial, ou registrar um boletim de ocorrência em qualquer Delegacia da Polícia Civil.

Fonte: gazetadigital

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