O estoque de crédito contratado no Brasil aumentou 0,2% em julho em relação a junho, alcançando R$ 6,045 trilhões, conforme dados divulgados pelo Banco Central nesta quinta-feira (29). Este é o sexto mês consecutivo de alta no indicador.
O crédito para pessoa física subiu de R$ 3,701 trilhões em junho para R$ 3,733 trilhões em julho, uma variação positiva de 0,9% no período. Em contrapartida, o crédito para pessoa jurídica caiu de R$ 2,333 trilhões para R$ 2,312 trilhões, representando uma diminuição de 0,9%.
O crédito é subdividido em duas categorias principais: recursos livres, que são negociados no mercado e geralmente têm taxas mais altas, e recursos direcionados, que são subsidiados por governos ou entidades estatais e apresentam taxas mais baixas.
Os recursos livres apresentaram uma leve queda, passando de R$ 3,520 trilhões em junho para R$ 3,516 trilhões em julho, uma redução de 0,1%. Por outro lado, o crédito com recursos direcionados cresceu de R$ 2,515 trilhões para R$ 2,530 trilhões, um aumento de 0,6%.
No acumulado do ano, o estoque de crédito avançou 4,3%, e em 12 meses até julho, cresceu 10,3%. Em 2023, o crescimento foi de 8,1%. O último Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, publicado em junho, projeta um crescimento de 10,8% para o estoque de crédito, sendo 10,0% para recursos livres e 12% para recursos direcionados.
A taxa média de juros nas operações com recursos livres caiu de 39,4% ao ano em junho para 39,3% em julho. Essa redução foi impulsionada pela queda na taxa de juros para pessoa física, que passou de 51,7% para 51,2%. Em contrapartida, a taxa média para pessoa jurídica aumentou de 20,9% para 21,2% ao ano.
A inadimplência geral caiu para 4,4%, uma redução de 0,1 ponto percentual, permanecendo estável para pessoa física (5,5%) e diminuindo para pessoa jurídica (2,9%). O spread bancário, que é a diferença entre a taxa paga pelos bancos para captar recursos e os juros cobrados dos clientes, foi de 28 pontos percentuais em julho, com uma ligeira queda de 0,1 ponto percentual. Para pessoa física, o spread recuou de 40,2 para 39,7 pontos percentuais, enquanto para pessoa jurídica aumentou de 9,9 para 10,1 pontos percentuais.
Fonte: gazetabrasil