O Food and Drug Administration (FDA), órgão dos Estados Unidos equivalente à Anvisa, autorizou nesta quarta-feira (31/8) a primeira atualização das vacinas contra a Covid-19 desde o início da imunização no país, no final de 2020. Os novos imunizantes terão como alvo específico as subvariantes da Ômicron e devem começar a ser aplicados a partir da próxima semana.
A aprovação das vacinas ocorre no momento em que o hemisfério norte se prepara para o inverno. “A ideia é aumentar os anticorpos agora, mas também nos dá a esperança de proteção mais duradoura, que nos ajudará a enfrentar o inverno”, explica o regulador de vacinas do FDA, Peter Marks, em nota.
As duas opções de imunizantes têm como alvo a variante BA.5, que atualmente é a principal subvariante do vírus Sars-CoV-2. Uma das alternativas foi desenvolvida pela Pfizer em parceria com a BioNTech, e poderá ser usada por pessoas a partir de 12 anos; a outra, da Moderna, só poderá ser aplicada em indivíduos a partir dos 18 anos.
Apenas pessoas que já receberam pelo menos duas doses da vacina contra a Covid-19 poderão solicitar a aplicação da dose de reforço. Além disso, a última aplicação deve ter sido realizada há pelo menos dois meses. Os imunizantes atualizados irão substituir os produtos que já estão no mercado e devem estar disponíveis nos próximos dias nas farmácias dos Estados Unidos.
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Com cerca de 50 mutações e presente em mais de 140 países, a Ômicron é considerada a variante mais infecciosa e tem sido a responsável pela terceira onda da Covid no mundoGetty Images
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Em relação à virulência da cepa, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemplo. Contudo, ainda que menos grave, o fato de a variante se espalhar mais rápido tem sobrecarregado os sistemas de saúdeAndriy Onufriyenko/ Getty Images
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Por isso, saber identificar os principais sintomas da doença é necessário para assegurar sua saúde e de quem você amaPixabay
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Febre, dor constante na cabeça e garganta, calafrios, tosse, dificuldade para respirar e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadas pela Ômicron
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Além desses sintomas, é importante desconfiar da infecção por Covid-19 se apresentar fadiga — apontado em estudos como um sinal precoce da infecção pela variante Ômicron e que tem sido confundido com outras condiçõesHinterhaus Productions/ Getty Images
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Dores musculares por todo o corpo também é comum. É um sinal de que o organismo está tentando combater o vírusPaul Bradbury/Getty Images
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Perda do apetite pode aparecer. Estudos apontam que este é um sintoma recorrente entre os pacientes infectados pelas variantes Delta e ÔmicronDjelicS/ Getty Images
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Dor abdominal, diarreia, náusea ou vômito são outros sintomas que podem surgir. Apesar de menos comuns na Ômicron, esses sintomas podem aparecer quando acompanhados por outros sinais da infecção viral, como complicações gastrointestinais, dor de garganta ou perda de paladar e olfatoboonchai wedmakawand/ Getty Images
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O governo norte-americano prevê que a adesão às doses atualizadas será mais baixa, já que as taxas de internação e mortalidade têm permanecido estáveis nos últimos meses e os cidadãos estão mais desatentos às medidas de proteção contra a doença.
As empresas responsáveis pela produção das vacinas, por sua vez, comemoram a agilidade na elaboração e disponibilização dos imunizantes frente às novas orientações feitas pelo FDA há apenas dois meses. Ao contrário do processo inicial para o início da vacinação contra a Covid-19, dessa vez as biofarmacêuticas precisavam apresentar menos dados ao órgão de vigilância sanitária.
A aprovação rápida gerou controvérsia, pois os novos imunizantes foram autorizados antes mesmo do fim dos testes em humanos. Mas o governo norte-americano rebateu que o coronavírus tem se desenvolvido tão rapidamente que os resultados em humanos estariam desatualizados caso fossem apresentados ao FDA.
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