“Então [na época] ele vira esse ponto de contato muito importante, mas, ainda assim, a política para a região é muito uma política da dissuasão. Então é você construir a capacidade de controle e monitoramento da região”, explica.
“Hoje em dia, praticamente os membros do Conselho do Ártico são a OTAN de um lado e a Rússia de outro. Você não tem nenhum país-membro que não seja membro da OTAN ou que não seja a Rússia”, diz Silva.
“Só que o prêmio final pode ser a inviabilização da nossa vida na Terra, porque é uma região que é muito sensível. É uma região que já está sofrendo de forma muito aguda com as transformações climáticas.”
“Eu acredito que a Petrobras, dependendo de como ela se posicionar, pode se beneficiar desse tipo de exploração e pode absorver know-how, desenvolver atividade lá”, afirmou o pesquisador, ressaltando a importância da transição energética por outro lado.
“Então isso é um perigo para acelerar o efeito estufa. Liberando mais gases do efeito estufa, você aumenta ainda mais a taxa pela qual o planeta está esquentando e, com isso, aumenta ainda mais a taxa pela qual o próprio Ártico está esquentando”, alerta Silva.
Fonte: sputniknewsbrasil