A jornalista foi levada pela polícia chilena quando estava próxima ao Centro Cultural Gabriela Mistral, na capital do país. O jornal El Clarín de Chile publicou o vídeo abaixo com o momento da detenção da correspondente.
COP detiene a la periodista Carola Trejo pic.twitter.com/qPtZtHPgTb
— El Clarin de Chile (@ELCLARINDECHILE) October 18, 2022
Polícia chilena detém jornalista Carolina Trejo.
Outro vídeo publicado pelo jornal em sua conta no Twitter mostra o clima festivo do ato pelo terceiro ano da revolta social devido às condições de vida no Chile.
Plaza Dignidad pic.twitter.com/OuCzaMVCjV
— El Clarin de Chile (@ELCLARINDECHILE) October 18, 2022
Praça da Dignidade [Praça Baquedano].
Trejo foi detida por volta das 20h no horário local (também 20h em Brasília), quando estava a caminho de seu veículo para voltar para casa. A polícia a levou para uma unidade policial.
“Rejeitamos e condenamos que a polícia faça esse tipo de prisão. Viemos desde que começaram a aparecer as denúncias dessas decisões irregulares, já que os colegas têm seu credenciamento, estão visivelmente com suas credenciais, têm meios de comunicação“, disse à Sputnik a presidente do Colégio de Jornalistas Metropolitano, Daniela Pizarro.
Além disso, a dirigente acrescentou: “Pedimos que a liberdade de expressão não seja restringida, que o exercício do jornalismo seja protegido. Para nós, é bastante desagradável que nossos colegas tenham que passar por isso”.
Pizarro explicou que o grupo já está em contato com Carolina Trejo e sua família.
“Conseguimos conversar um pouco com ela. Ela nos disse que estava na terceira delegacia e ativamos os protocolos: notificamos o Ministério do Interior, começamos a pressionar os policiais e chamamos o ministro do Interior [Carolina Tohá], a ministra da porta-voz do governo [Camila Vallejo] e temos um grupo de advogados que estão tentando nos ajudar”, disse Pizarro.
Sobre a possibilidade de Carolina Trejo ser transferida para o Ministério Público nesta quarta-feira (19), Pizarro destacou que “a ideia é que ela saia agora”.
“Não há razão para ela ir ao Ministério Público, porque ela estava fazendo o trabalho dela“, lembrou.