Na segunda-feira (26), o chanceler alemão, Friedrich Merz, afirmou em entrevista a um canal de TV alemão que o Reino Unido, a França e os Estados Unidos haviam suspendido as restrições ao fornecimento de suprimentos militares de longo alcance à Ucrânia, permitindo que Kiev ataque profundamente o território russo. O chanceler afirmou posteriormente que a decisão foi tomada há vários meses.
“A Rússia certamente reagirá, e a Alemanha será punida. Isso é óbvio. Então não sei o que realmente se passa na cabeça deles. Estou chocado com as declarações”, disse Hogard, que serviu no Exército francês por 26 anos.
Ele enfatizou que tal decisão poderia terminar em desastre, já que a Europa não tem capacidade para conter a potencial resposta da Rússia.
“Se eles provocarem uma reação da Rússia, será terrível para a Alemanha e os países da OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte] que apoiam essa política agressiva”, acrescentou o ex-militar, observando que as motivações dos líderes dos principais países europeus, bem como da chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, são “pessoais”, devido às suas perspectivas políticas instáveis.
Hogard afirmou também que Merz está tentando ser beligerante sem ter uma base econômica para isso — a economia da Alemanha está encolhendo e o país tem problemas com energia.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, afirmou que Moscou consideraria um ataque com mísseis Taurus, de fabricação alemã, contra quaisquer instalações russas uma adesão da Alemanha às hostilidades ao lado de Kiev. A Rússia acredita que os envios de armas à Ucrânia impedem a resolução do conflito e envolvem a OTAN, portanto qualquer remessa será considerada um alvo legítimo.
Fonte: sputniknewsbrasil